Trabalhos aprovados
Conheça abaixo os Resumos dos Trabalhos Aprovados para o II Enades 2016.
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A Áudio-descrição tem o traço que nos une por uma sociedade menos excludente e mais inclusiva: a acessibilidade comunicacional. Venha conosco praticar esse traço (2 a 7 de maio/2016) !
Comunicações Orais
Descrição de elementos abstratos para pessoas com deficiência visual: uma abordagem conexionista
Terça-feira, 03/05/16, 19:30h-20:00h
Marisa Helena Degasperi - mhdufpel2012@gmail.com
Sanmi Guimarães de Souza - sanmi.guimaraes@gmail.com
Resumo
para pessoas com deficiência visual (PDV) tem recebido incremento, principalmente após a instituição do Estatuto da Pessoa com Deficiência, em 2008. Entre as ações afirmativas que congregam esses empenhos de acessibilidade, figura a produção de materiais acessíveis a PDV, através da audio-descrição. Porém, transformar a imagem em palavras configura um desafio para os profissionais em formação na modalidade tradução intersemiótica audiovisual. E isso ocorre, principalmente, no que corresponde às transferências de elementos abstratos, que por sua essência, são constatadamente mais complexos. Este trabalho tem o objetivo de apresentar um projeto de pesquisa recém-iniciado, fundamentado na Psicologia cognitiva (Piaget, 1923-1971; Vygotsky, 1991; Eysenck e Keane, 1994); na Psicolinguística de base conexionista (Poersch, 1989-2007; Cielo,2002; Izquierdo, 1999-2006; Cuetos, 2012); e na Linguística (Jackobson 2007; Sperber e Wilson, 2010) sobre o desenvolvimento cognitivo humano, considerando o pensamento e a linguagem como eixos centrais da investigação. O objetivo geral da pesquisa é produzir um guia com instruções que facilitem o trabalho do áudio-descritor na produção de trabalhos de descrição de elementos abstratos para PDV. A investigação utiliza teorias relacionadas à aquisição de conhecimentos de pessoas videntes (PV) e de PDV e estabelece parâmetros comparativos para tentar dirimir algumas questões apresentadas em seu intercurso. Serão apresentados conceitos e definições de variáveis essenciais ao desenvolvimento do tema: desenvolvimento intelectual, representação mental, imagem mental, conceitos, esquemas, sinapses, aprendizagem, entre outros. Para alcançar os objetivos, a metodologia será composta da pesquisa bibliográfica, entrevistas e testes com PV e com PDV e os dados serão operacionalizados por triangulação, através de procedimentos de pesquisa quantitativa e qualitativa. Estudos preliminares indicam que não há diferenças significativas entre a constituição dos conceitos abstratos, senão as vias e formas como eles se estruturam no cérebro (saudável) dos sujeitos. Entende-se que as PDV elaboram suas representações mentais através de um sistema analógico, binário, ou seja, estipulam parâmetros de comparações entre elemento concreto e abstrato, através do Processamento distribuído em Paralelo (PDP) (Cuetos, 2012) e que a recuperação dessa imagem será utilizada sempre que o cérebro necessite acessar as informações. Ainda é necessário descobrir como uma PDV pode retransmitir as informações através da verbalização e reconstruir em outras pessoas, com ou sem deficiência visual, uma possível imagem idêntica à original.
Palavras-chave: áudio-descrição, representação mental, conexionismo, cognição, cegueira.
Profa.Dra. Marisa Helena Degasperi é Doutora em Linguística Aplicada pela PUCRS, Professora adjunta e atualmente coordenadora do Curso e Bacharelado em Letras Tradução Espanhol-Português da Universidade Federal de Pelotas. E-mail: mhdufpel2012@gmail.com
Sanmi Guimarães de Souza é graduanda do Curso de Bacharelado em Letras Tradução Espanhol-Português da Universidade Federal de Pelotas. E-mail: sanmi.guimaraes@gmail.com.
A inclusão da áudio- descrição na formação do professor - Uma proposta Pedagógica Acessível
Terça-feira, 03/05/16, 20:00h-20:30h
Ana Beatriz L. de Moraes - bialagomoraes@yahoo.com.br
Ana Maura A. Lopes
Maria Cecilia Tavares - mariaceciliatavarestavares@gmail.com
RESUMO:
Diante da importância da áudio-descrição como recurso para a inclusão cultural e social para os alunos com deficiência e considerando este como um recurso pedagógico, o Instituto Municipal Helena Antipoff, órgão da Secretaria Municipal de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro, vem desenvolvendo estudos e pesquisas sobre o recurso de áudio descrição para alunos da Rede Municipal de Ensino. Estes estudos são desenvolvidos na oficina de áudio-descrição que se constitui como um espaço de pesquisa, observação e experimentação da apreciação de diversas obras artísticas como filmes, peças teatrais, espetáculos de dança e exposiç&oti lde;es. Este projeto também se dispõe a promover ações de formação continuada para os professores da rede municipal de ensino. O aluno com deficiência visual nas escolas deve ter garantido sua plena participação como apreciador e ou criador de diferentes linguagens artísticas. Para tanto, é necessário o uso do recurso de áudio-descrição para que ele usufrua as imagens visuais contidas nas diversas produções artísticas, facilitando assim, a compreensão dos conteúdos da obra, no entanto, ainda percebemos pouca utilização do recurso de acessibilidade no cotidiano escolar. Tais reflexões remetem as seguintes questões que se colocam para investigação: O professor promove apreciações de diferentes obras artísticas para alunos com deficiência visual? Os professores tem conhecimento sobre o recurso de áudio-descrição? Utiliza o recurso de áudio- descrição quando promove a apreciação das obras? O professor reconhece este recurso como um recurso pedagógico? Participaram do estudo 21 professores da Rede Municipal de Educação da cidade do Rio de janeiro. Os dados mostraram que a maioria dos professores oferece apreciação ao aluno com deficiência visual de filmes, espetáculos teatrais, espetáculos de dança e exposições. Foi comprovado que a maioria desconhece a técnica de áudio- descrição. Os professores relataram que na maioria das vezes não promovem a áudio- descrição e quando a fazem, esta se dá de forma amadora, sem a elaboração de um roteiro. A conclusão do estudo levou as pesquisadoras promoverem um curso com objetivo de oferecer ao professor conhecimentos pertinentes às diretrizes áudio-descritivas, apresentando uma proposta pedagógica inclusiva de acessibilidade cultural utilizando o recurso de áudio-descrição. O curso constou de aulas praticas e teórica, dando subsídio para promover a inclusão cultural no espaço escolar. O presente artigo tem por objetivo apresentar uma proposta pedagógica inclusiva de acessibilidade cultural elaborada pelas pesquisadoras. Acreditamos ser fundamental que o professor se aproprie do conhecime nto sobre a áudio- descrição e a utilize como um recurso pedagógico inclusivo no seu cotidiano escolar.
Palavra-Chave: Áudio-Descrição- Escola- Acessibilidade Cultural
Ana Beatriz L. de Moraes - Mestre em Educação Física pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Professora de educação física e pesquisadora da Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de janeiro/ Centro de Referência em Educação Especial Instituo Municipal Helena Antipoff. E-mail: bialagomoraes@yahoo.com.br.
Ana Maura A. Lopes - Graduada em Arte com especialização em Educação Musical pelo Conservatório Brasileiro de Musica ,professora de música e pesquisadora da Secretaria Municipal de Educação da cidade do Rio de janeiro/ Centro de Referência.
Maria Cecilia Tavares - Bacharel em pedagogia pela UniverCidade, Licenciada em Teatro pela Universidade Estácio de Sá , professora de Teatro e pesquisadora da Secretaria Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro/ Centro de Referência em Educação Especial - Instituto Municipal Helena Antipoff. E-mail:mariaceciliatavarestavares@gmail.com
Acessibilidade e barreiras no Ensino Superior: O caso de estudantes com deficiência na Universidade Federal de Ouro Preto
Terça-feira, 03/05/16, 20:00h-20:30h
Marcilene Magalhães - marcilenemag@gmail.com
SisCAD - Sistema Colaborativo de Áudio-Descrição
Terça-feira, 03/05/16, 20:30h-21:00h
Adriana Pereira - adriana.pereira@ufsm.br
Cristiano Bertolini - cristiano.bertolini@ufsm.br
Janaína Gomes - jgomes.fw@gmail.com
Juliana de Fátima da Silva - julianafatsil@hotmail.com
Talliny Dalla Nora - tallinydn@gmail.com
Victória Lieberknecht - vic_lieber@hotmail.com
RESUMO
A rede mundial de computadores permite que usuários tenham acesso a informações no mundo todo, possibilitando troca e armazenagem de informações globalizadas. Nesse contexto, configura-se como uma interface para interações e construção colaborativa em ambientes virtuais. Nesse sentido, não somente o acesso à internet tornou-se uma preocupação dos governos, como a acessibilidade dos sistemas apresentou-se como um grande desafio para promover a inclusão de todos os atores sociais envolvidos. Nesse contexto, certificadores digitais foram desenvolvidos para garantir parâmetros de acessibilidade na web. No Brasil, o Decreto n° 5.296 de 2 de Dezembro de 2004, exige que os sistemas web relacionados à administração pública sejam acessíveis às pessoas com deficiência visual. No entanto, muitos recursos visuais são utilizados em mídias como jornal, TV e Internet. A áudio-descrição (AD) é uma tecnologia assistiva importante para que pessoas com deficiência visual possam compreender informações contidas em imagens. Atualmente, a AD ainda é muito desconhecida ou um serviço caro impossibilitando uma participação ativa no cotidiano de pessoas com acesso à internet e ao conteúdo visual veiculado diariamente. O Projeto de Pesquisa e Extensão Comunicação, Tecnologia e Acessibilidade da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), está desenvolvendo uma plataforma colaborativa que possibilita o acesso à AD de imagens para pessoas com deficiência visual e profissionais que precisam do recurso de AD em suas imagens. O objetivo deste artigo é apresentar os resultados preliminares do sistema que tem como missão formar uma rede de áudio-descritores colaboradores que possam atuar de forma livre mas comprometida em prover AD de qualidade. O sistema será dividido por perfis de usuários: (i) usuário comum que gera demanda de imagens; (ii) usuário especializado para realizar AD em imagens e/ou trabalhar na revisão de imagens. A ideia é que qualquer usuário possa cadastrar imagens que deseja AD e elas ficam disponíveis para os áudio-descritores e possam ser revisadas, pelo menos uma vez, para que se torne pública a qualquer pessoa mediante autorização de veiculação de imagem. Desta forma, as imagens são categorizadas e ficam disponíveis publicamente para que outras pessoas possam utilizar. O SisCAD será um sistema aberto, desenvolvido para facilitar e disseminar a AD.
Adriana Pereira – Curso de Sistemas de Informação - Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen/RS, Brasil (adriana.pereira@ufsm.br)
Cristiano Bertolini – Curso de Sistemas de Informação - Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen/RS, Brasil (cristiano.bertolini@ufsm.br)
Janaína Gomes - Curso de Jornalismo - Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen/RS, Brasil (jgomes.fw@gmail.com)
Juliana de Fátima da Silva – Curso de Sistemas de Informação - Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen/RS, Brasil (julianafatsil@hotmail.com)
Talliny Dalla Nora – Curso de Sistemas de Informação - Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen/RS, Brasil (tallinydn@gmail.com)
Victória Lieberknecht - Curso de Jornalismo - Universidade Federal de Santa Maria, Campus Frederico Westphalen/RS, Brasil (vic_lieber@hotmail.com)
A Áudio-descrição no Museu do Prado: uma pesquisa exploratória
Quinta-feira, 05/05/16, 8:30 - 9:150h
Ana Fátima Berquó - afberquo@globo.com
A Áudio-descrição no Museu do Prado: uma pesquisa exploratória
Autora: Ana Fátima Berquó Carneiro Ferreira
Instituição: Instituto Benjamin Constant
E-mail: afberquo@globo.com
Tipo de apresentação: comunicação oral
RESUMO
A pesquisa aborda a acessibilidade do visitante cego no Museu de Arte – no caso o escolhido foi o Museu Nacional do Prado – em Madri – Espanha -- voltada à obra de arte bidimensional figurativa, isto é, à Informação em Arte representada pelo relevo háptico juntamente com o recurso da áudio-descrição. A pesquisa desenvolvida se configura como exploratória, apresentando-se sob perspectiva qualitativa, de base documental e com consultas a fontes primárias, entre as quais se destaca a obra musealizada por ser assim considerada pelo campo da Museologia. A investigação está estruturada em duas fases: 1- o levantamento e reconhecimento das práticas de acessibilidade que englobe relevo háptico e áudio-descrição em museu de arte para o visitante cego; 2- a análise de amostra de roteiro áudio-descrito de representação de obra de arte bidimensional figurativa em relevo háptico intitulada Bodegón con alcachofas, flores y recipientes de vidrio (Autor: Juan Van Der Hamen), datada de 1627, uma das seis obras da exposição temporária Hoy toca el Prado, primeira exposição acessível do Museu Nacional do Prado. Após análise dos recursos de acessibilidade disponíveis na exposição constatou-se que a elaboração do roteiro áudio-descrito para obra de arte bidimensional figurativa reproduzida em relevo háptico no Museu Nacional do Prado não obedecia a uma metodologia para auxiliar o percurso tátil e consequentemente a interpretação a ser feita pelo visitante cego. Visando solucionar o problema reelaboramos o roteiro áudio-descrito com base na diretriz da logicidade conservando ao máximo as escolhas lexicais iniciais apresentadas pelo Museu do Prado.
Palavras-chave: Museologia - Informação em Arte - Relevo Háptico - Áudio-descrição - Visitante Cego.
A prática da consultoria em "audiodescrição" pela pessoa com deficiência visual
Quarta-feira, 04/05/16, 20:00h-20:30h
Elizabeth Dias de Sá - elizabetds@gmail.com
EDUCAÇÃO, ARTE E INCLUSÃO: AUDIODESCRIÇÃO COMO RECURSO ARTÍSTICO E PEDAGÓGICO PARA A INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Quarta-feira, 04/05/16, 20:30h-21:00h
Marielle Duarte Carvalho - lelly_98@hotmail.com.
RESUMO
As escolas possuem uma demanda significativa de alunos com algum tipo de deficiência e a audiodescrição pode contribuir, como recurso comunicacional para inclusão, acessibilidade, avanços no processo de aprendizagem e para as relações interpessoais no contexto escolar. Este trabalho está associado a uma pesquisa que se insere no campo de abordagens da área de educação e busca refletir sobre a relação entre educação e arte na inclusão de pessoas com deficiência visual, numa perspectiva interdisciplinar entre Educação, Arte e Sociologia. Tem como principal objetivo desenvolver um Plano de Intervenção Pedagógica para a difusão da audiodescrição como recurso pedagógico e artístico junto a estudantes da educação básica, como meio de preparar professores e alunos para interagir com tal recurso, propiciando o consumo conjunto e aumento da percepção estética de deficientes visuais e não deficientes visuais no que se refere a espetáculos teatrais, obras audiovisuais e ao próprio contexto escolar em seu cotidiano, eventos e atividades. Os procedimentos metodológicos envolvem: pesquisa bibliográfica, com leituras e sistematização de obras teóricas, metodológicas e temáticas sobre educação, inclusão, arte, deficiência visual e audiodescrição; pesquisa documental, sobre diretrizes pedagógicas e legislação sobre a relação educação, arte e deficiência, bem como audiodescrição; e ação pedagógica, com diagnóstico, elaboração, desenvolvimento e avaliação de um Plano de Intervenção Pedagógica para ensino e difusão de audiodescrição entre estudantes da educação básica, deficientes visuais e não deficientes visuais. Os resultados que estão sendo buscados envolvem: elaboração de material pedagógico para difusão dos resultados da pesquisa, procedimentos desenvolvidos e estratégias sobre o tema, junto a professores, salas de aula de atendimento educacional especializado, estudantes de licenciatura, artistas, entidades representativas de cegos e pessoas com deficiência visual.
Palavras-chave: Educação, Inclusão, Arte, Deficiência visual, Áudio-descrição.
Marielle Duarte Carvalho
Mestranda do Programa de Pós-Graduação da UFGD – Mestrado em Educação.
Bolsista FUNDECT.
E-mail: lelly_98@hotmail.com
Os desafios da audiodescrição de programas de TV temáticos
Quinta-feira, 05/05/16, 20:00h-20:30h
Flávia Machado - flavia.machado@tvaparecida.com.br
UMA PERSPECTIVA DE TRABALHO DIDÁTICO COM LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO MULTIMODAL PARA ALUNOS COM CEGUEIRA NA ESCOLA REGULAR
Quinta-feira, 05/05/16, 20:30h-21:00h
Camila da Silva Gonzaga - csgmila@hotmail.com
RESUMO
Este artigo divulga à proposta didática pedagógica apresentada junto a Universidade Federal da Bahia – UFBA para obtenção do título de Mestre em Linguagens e Letramentos. O tema visa discutir a multiplicidade de linguagens, modos e semioses dos textos multimodais que circulam na escola regular e exigem dos professores habilidades de leitura que favoreçam à interpretação do aluno cego. O objetivo do estudo é fornecer ao professor conhecimentos sobre a descrição das imagens para o aluno cego, utilizando a Gramática do Design Visual articulada com a Audiodescrição. A pesquisa foi realizada com observações em duas escolas da Rede Estadual e uma da Rede Municipal, no Ensino Fundamental II, 7º e 9º Ano, nas aulas de Língua Portuguesa, onde foram identificados os textos multimodais que circulavam nessas escolas, assim como, a prática pedagógica dos professores durante a apresentação e leitura desses textos juntos aos alunos, envolvendo uma análise da atuação do docente diante dos alunos com deficiência visual. A proposta do estudo foi instituída através das intervenções estruturadas à partir de sequências didáticas, baseadas nas normas técnicas da audiodescrição, quando foi detectada que apenas esse procedimento não auxiliava a interpretação de determinadas imagens pelo aluno cego, exigindo uma nova intervenção que propiciasse essa leitura interpretativa. A metodologia empregada foi uma pesquisa de campo participativa, com abordagem qualitativa, aplicação de questionários e entrevistas com professores e alunos para identificar os textos multimodais imagéticos que circulavam no contexto, o suporte e os gêneros textuais envolvidos. Nos resultados obtidos foram detectados que os professores não tinham habilidades para trabalhar com os textos multimodais por utilizá-los apenas com o objetivo de ensinar à gramática. Dessa forma, não se preocupavam em proporcionar ao aluno cego a interpretação dos textos visuais. Diante disso, foi elaborada uma nova proposta didática que contempla a leitura de imagens pelo professor, utilizando como recurso a audiodescrição e a leitura interpretativa proposta pela Gramática do Design Visual que tem como pressuposto teórico analisar as imagens e seus significados a partir da compreensão dos significados simbólicos, ideológicos e sociais que estão implícitos nos textos e, assim, orientar o aluno à interpretar os símbolos encontrados nos textos multimodais.
Palavras-chaves: Multimodais; Áudio-descrição; Gramática do Design Visual.
Camila da Silva Gonzaga
Professora do Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual de Feira de Santana
Mestre em Linguagens e Letramentos pela UFBA
Especialista em Educação Especial e Inclusiva
Especialista na Área de Deficiência Visual
Especialista em Psicopedagogia Institucional Clínica e Hospitalar
FILMES COM E SEM ÁUDIO-DESCRIÇÃO: uma pesquisa com jovens no Instituto Benjamin Constant
Quinta-feira, 05/05/16, 21:00h-21:30h
Margareth de Oliveira Olegario - margaretholegario@gmail.com
RESUMO
Apresentaremos parte da trajetória da minha pesquisa de mestrado, na perspectiva e discussões do grupo de pesquisa CACE (Comunicação, Audiovisual, Cultura e Educação), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UNIRIO, coordenado pela professora Dra. Adriana Hoffmann Fernandes, realizada acerca da percepção de jovens deficientes visuais, matriculados no 4º e 5º ano do ensino fundamental do Instituto Benjamin Constant, Centro de Referência Nacional na Área da Deficiência Visual, localizado no Estado do Rio de Janeiro, sobre filmes assistidos por esses sujeitos, dentro e fora do ambiente escolar. A investigação ocorreu sob a ótica da pesquisa-intervenção. Tal metodologia inclui o pesquisador no loco da pesquisa, como parte integrante e essencial na promoção do bem social deste todo. A perspectiva do estudo neste prisma, entende que pesquisador e pesquisados constroem a pesquisa em co-autoria num processo dialógico (Castro, 2008). Este estudo tem como teóricos os autores do cinema e educação, (Fantin, Duarte e Fernandes), pois estas leituras fortalecem os argumentos para reflexões sobre o cinema enquanto espaço de aprendizagem dentro e fora da escola. bem como os estudiosos da áudio-descrição (Motta, Lima e Santiago), da narrativa e experiência dos sujeitos (Benjamin). Deste modo, narraremos como se deu este estudo, que teve como ponto de partida, um questionário sócio-cultural, submetido a 20 jovens de 13 a 26 anos de idade, bem como a seleção e exibição de filmes na escola para este público. Assim, compartilharemos os aspectos selecionados para análise das entrevistas e os dados obtidos, onde Constatou-se a pouca familiaridade desses jovens com os filmes e a necessidade da áudio-descrição para ampliação do acesso aos filmes para esse público.
Margareth de Oliveira Olegario
Mestre em Educação (UNIRIO).
Professora do Ensino Técnico e Tecnológico e Membro da Comissão de Áudio-Descrição do Instituto Benjamin Constant.
margaretholegario@gmail.com
Proposta de quadro analítico da sintaxe gráfica de imagens táteis
Dominique Leite Adam | Carla Galvão Spinillo - domiadam@gmail.com | cgspin@gmail.com
Resumo
A acessibilidade de imagens apresentadas em objetos de aprendizagem para pessoas com deficiência visual se dá com auxílio de tecnologias assistivas como a audiodescrição e texto alternativo, porém até que ponto as imagens podem ser descritas mantendo sua estrutura e facilitando a aquisição da informação? A partir deste questionamento, a proposta é expor através de um quadro analítico como a sintaxe gráfica tátil pode auxiliar na produção de imagens em relevo, em Objetos de Aprendizagem, para serem utilizadas como complemento da descrição, seja ela textual ou em forma de áudio. Para fundamentar o estudo, foram levantados aspectos da percepção, linguagem e representação gráfica (visual e tátil), (Twyman, 1979; Bertin, 1986; Horn, 1998); Loch, 2008; Silva, 2008), aliados às diretrizes de acessibilidade de imagens (MACEDO, 2010) para estruturar um quadro analítico para auxiliar desenvolvedores e/ou educadores no processo de produção de imagens em relevo. A metodologia de desenvolvimento consistiu no levantamento/revisão de literatura; proposta de quadro analítico e no estudo da aplicabilidade/validação do quadro analítico proposto através da associação de técnicas de coleta de dados ( card sorting, estudo analítico e entrevista semi-estruturada) aplicadas com desenvolvedores de imagens/objetos de aprendizagem e educadores especialistas no ensino de pessoas cegas, com a finalidade de checar a pertinência das variáveis gráficas táteis apresentadas. A partir dos resultados obtidos através deste estudo foi possível aperfeiçoar o quadro analítico proposto inserindo as variareis gráficas táteis conforme sua funcionalidade, subdividindo-as em dois níveis de identificação: Nível 1 relacionado-as às imagens propriamente ditas e o Nível 2 fazendo menção às variareis que podem inferir a relação entre imagem e texto. Conclui-se que que a sintaxe gráfica tátil, apesar de pouco abordada na literatura, possui grande potencial para ser considerada no processo de produção de imagens táteis.
Palavras-chave- sintaxe gráfica tátil; linguagem gráfica; acessibilidade; imagem tátil
Áudio-Descrição: recurso indispensável para efetiva inclusão escolar do aluno com deficiência visual e cego
Naiara Santana Souza | Nicoleta Mendes de Mattos - naiara.souza1991@gmail.com /nicoletamattos@hotmail.com
RESUMO
Este trabalho apresenta a áudio-descrição (AD) como recurso que proporciona a inclusão das pessoas com deficiência visual(DV), dentre outras. Nesse sentido, o objetivo geral da pesquisa foi: identificar como a áudio-descrição tem sido pensada e publicizada na ou para educação, tendo em vista a inclusão da pessoa cega e com deficiência visual. Foram os objetivos específicos: Identificar o que se tem pesquisado e publicado sobre a AD no Brasil nos últimos cinco anos; averiguar qual área tem mais produção sobre AD; analisar se a AD tem sido discutida como meio de inclusão educacional do aluno com DV e cego; avaliar se o que está sendo dito sobre a áudio-descrição tem dificultado/facilitado à apropriação da mesma no espaço educacional e pratica pedagógica. Para tanto, nos baseamos nos seguintes teóricos: Lima e Lima (2010), Motta (2015), Lima, Guedes e Guedes (2010), Vieira e Lima (2010) e Silva (2015). Nesta perspectiva, realizamos uma pesquisa bibliográfica, de caráter qualitativo a partir da leitura de textos acadêmicos que tratam sobre a Áudio-descrição, tais como artigos e uma dissertação. Utilizamos o recorte histórico, elegendo o período de 2010 a 2015. Após o levantamento bibliográfico e depois da revisão literária, selecionamos sete textos acadêmicos que foram tabulados e analisados a partir de três categorias: concepções de AD; classificação da AD quanto ao seu uso na escola e tipo de inclusão que a AD proporciona. A análise revelou que na categoria um: todos os autores dos textos selecionados consideram a AD como um recurso de acessibilidade, um classifica como acessibilidade comunicacional e dois como acessibilidade comunicacional/informacional. Quanto ao conceito de AD três consideram como sinônimo de descrição, sendo que dois desses apresentam também como forma de empoderamento e três não classificam nem como sinônimo nem como empoderamento. Em relação à grafia, quatro autores defende a palavra grafada junta e sem acento e três com acento e separada por hífen. Na categoria dois a AD é defendida em dois textos como recurso pedagógico e mais dois como ferramenta pedagógica; os demais, como técnica, serviço, instrumento e recurso assistivo e dos sete textos, seis indicam a utilização da AD na escola/sala de aula seja por meio do uso de produções já existente com AD (filmes, livros etc.) ou na realização pelo próprio professor. Já na categoria três, seis autores defendem que a mesma permite, contribui, promove e potencializa inclusão educacional.
Palavras-Chave: Áudio-descrição; Educação inclusiva; acessibilidade; Deficiência Visual; Cegueira.