Dicas para fazer uma tradução visual empoderativa
1. Dicas para produzir um script de áudio-descrição.
2. Excertos para a produção de slides sobre áudio-descrição.
3. Glossários para Áudio-descrição.
1. Dicas para produzir um script de áudio-descrição..
3 Passos para fazer uma tradução visual empoderativa
Primeiro, é preciso olhar, porém olhar não basta.
Segundo, é necessário enxergar, mas enxergar não é suficiente.
Terceiro, é mister observar: observar para ver!
Logo, não se pode áudio-descrever o que você não olhou, não enxergou, não observou e não viu. A áudio-descrição é a tradução em palavras daquilo que se vê
2. O que traduzir na áudio-descrição:
Na áudio-descrição, traduz-se o que é visto, não o que se pensa que viu, acha que viu, deduziu do que foi visto. Se algo não foi visto efetivamente, não se o áudio-descreve.
3. O som não é visto, é ouvido!
Na áudio-descrição traduz-se com palavras os eventos visuais, não, os eventos sonoros. Se um telefone toca e o ouvimos tocar (evento sonoro), não diremos o “telefone toca˜. Se for efetivamente necessário dizer o que deu origem a um som, se áudio-descreve a fonte (evento visual): “monjolo” e, havendo tempo, áudio-descrevemos como é um “monjolo”.
4. O que você vê é o que você vai áudio-descrever
Expressões faciais, corporais e demais eventos visuais em uma cena ou cenário, portanto, são elementos da áudio-descrição. Não será conteúdo da áudio-descrição, no entanto, a dedução que você tirar do evento visto. Estado de espírito, intenção e tudo que você pensa que viu, acha que viu ou concluiu ter visto não cabem na tradução visual empoderativa.
5. Deficiência não é sinônimo de incapacidade!
A cegueira ou a baixa visão não impede uma pessoa de entender um filme, peça teatral, uma pintura ou uma propaganda na TV etc.
O entendimento vem da capacidade intelectual de cada um, do conhecimento de mundo que cada um tem etc. A deficiência visual só é impeditiva da compreensão imagética, quando o evento visual não tem acessibilidade comunicacional. Daí, o emprego da áudio-descrição como uma tecnologia assistiva. A tradução visual, se não for empoderativa, não será áudio-descrição.
6.Rotular não é áudio-descrever
Áudio-descrever é a arte e a técnica de se traduzir eventos visuais em palavras, não é uma descrição falada ou um desfile de rótulos. Rótulos visuais que apenas reportam um evento visual, que não produzem imagem na mente do cliente da tradução visual, não passam de rótulos. E. g. “vista extraordinária do vale” não diz o que há de extraordinário na visão que se tem do vale.
7. Falar da técnica não é áudio-descrever
A Terminologia fílmica, fotográfica, teatral etc., quando não constituem pobreza tradutória, constituem erro de áudio-descrição. A técnica utilizada na arte é, certamente, importante conhecimento para o áudio-descritor. Falar dela, porém, não passa de um rótulo, impariavelmente pobre e destituído de capacidade imagética. . Isto é, não contribui para construir, na mente do usuário da áudio-descrição, o evento visual observado.
“A câmera sobe” pode até dizer a técnica utilizada, mas certamente não contribui em nada para que o cliente da áudio-descrição veja o que pretendeu o diretor mostrar.
8. Áudio-descrever o que é visto não significa traduzir tudo que é mostrado no evento visual
O cliente da áudio-descrição tem preservada a capacidade intelectual e pode compreender o evento visual de muitas formas: ouvindo, ligando o conteúdo dos diálogos e tudo mais que pode fazer uma pessoa que enxerga. Portanto, traduza o que é visto e que não pode ser deduzido do conteúdo, do Foley da obra, do contexto etc. O mais, o cliente dará conta.
9. Áudio-descrever é exercitar a capacidade linguística pelo tradutor visual
Traduzir em palavras implica conhecer o vernáculo para com ele transpor em palavras aquilo que é visto, e que não pode ser deduzido por outras habilidades além da visão. Portanto, usar registro linguístico de modo claro, coeso, correto, específico e vívido é ofício do bom áudio-descritor.
10. Não tire o colorido, a luz e o brilho da áudio-descrição
Mesmo as pessoas chamadas de cegas são, em geral, capazes de ver alguma coisa: cores fortes, formas e outros atributos dos eventos visuais. As cores fazem parte da vida das pessoas com deficiência visual, tanto quanto das que enxergam, simbolizando coisas, sinalizando lugares, etc. Áudio-descreva as coisas, dizendo de que cores elas são. A luz e o brilho igualmente fazem parte do mundo. Áudio-descreva o azul do céu, o laranja do pôr do sol, o brilho da gema.
11. A censura é deplorável, também na áudio-descrição
O Brasil passou por um regime político que, durante décadas censurou o acesso à cultura, ao lazer e à educação. Não precisamos disso na áudio-descrição, na atitude dos áudio-descritores ou demais operadores envolvidos com a tradução visual: formadores não devem censurar bibliografias; difusores, não devem censurar opiniões; tradutores visuais não devem censurar o que áudio-descrevem, o que veem nos eventos visuais.
12. Saiba dizer não!
Se você não se considera confortável em traduzir uma cena de sexo explícito, recuse o serviço: diga não. Se não está com tempo para estudar um dado assunto, não pegue o trabalho: diga não; se vai deliberadamente negar uma diretriz (talvez porque seja mais trabalhoso empregá-la), não assuma o trabalho de áudio-descrever: diga não. Mas não diga não a essas orientações: dizer não a elas resultará em censura ao evento visual, baixa qualidade tradutória e desonestidade para com a obra e o usuário.
13. Áudio-descrição é serviço a ser prestado, não filantropia.
Não pense ou haja como se ao prover áudio-descrição você está fazendo algo maravilhoso às pessoas com deficiência. Se perguntarem porque você faz áudio-descrição, seja honesto. O serviço de tradução visual tanto é relevante para os clientes, quanto é uma fonte de recompensa para você: talvez apenas pessoal, mas pode ser econômica também. A honestidade, nesse serviço, é mais importante que querer vender uma ideia que você é o bonzinho que está fazendo o bem, que foi designado por uma força maior, aos “pobres coitados deficientes˜.
14. Cobre o que seu serviço vale
A áudio-descrição é uma atividade de tradução visual, a qual traz similitudes com a tradução lingual, mas é específica em si. O valor do serviço deve considerar a formação, a prática e a competência do áudio-descritor, entre outros fatores. Assim, cobre o que considerar justo à sua competência, sempre observando a ética e valores morais do profissional da tradução. Se cobrar caro demais, poderá estar contribuindo com a indústria da deficiência, se cobrar “de menos”, poderá estar denunciando sua “baixa qualidade profissional”.
15. Logicidade é indispensável
A obra é que sempre determinará a logicidade do texto tradutório, mas, não havendo uma demanda específica da obra, observe: áudio-descreva de cima para baixo; da esquerda para direita; do primeiro plano para os demais, no sentido horário, no sentido anti-horário.
16. Não subestime o usuário da áudio-descrição
Áudio-descreva o que está visível ao vidente, em um dado evento visual, mas não explique o conteúdo do evento ao usuário. Ele apenas não enxerga, o que não significa que ele não é capaz de entender a obra ou a áudio-descrição.
17. Não seja um “spoiler” inconveniente
Antecipar informação ao cliente é paternalizar o usuário. Se ainda não foi informado o nome do personagem aos espectadores, se algo ainda não aconteceu, então não antecipe tais informações ao cliente da áudio-descrição.
18. A Gramática não é para ser esquecida
Um dos principais fundamentos do trabalho tradutório é o respeito para com a gramática da língua. Em nossa Língua, assim como em outros idiomas, há regras específicas para o uso dos artigos que, em Português, podem ser definidos ou indefinidos. Dentre essas regras, está a de quando omitir o artigo e quando o uso do artigo é opcional. Assim, observe: Use o artigo indefinido (um, uma, uns, umas), quando mencionar algo pela primeira vez. Use o artigo definido (o, a, os, as), quando já houver sido mencionado/sabido o que vai ser dito: “Uma jovem morena mergulha no mar verde de Maceió. A morena de cabelos longos nada até um banana boat”.
19. Áudio-descrição: uma definição
A Áudio-descrição é uma técnica de acessibilidade comunicacional, gênero tradutório entre linguagens e não interlingual.
20. O áudio-descritor não é o Rei Sol
O áudio-descritor não deve se tornar o centro das atenções ao traduzir um evento visual, não deve aparecer na obra, além do que exige seu ofício de tradutor.
21. Esteja presente, mas não se exiba
O áudio-descritor deve estar presente para o que a obra exige ser traduzida, e invisível para que a obra possa ser apreciada em si mesma.
22. O áudio-descritor que não estuda a gramática, merece desconfiança
Para a efetivação da boa tradução visual, o áudio-descritor deve ter conhecimento linguístico que lhe permita ser claro ao traduzir um evento visual e conciso ao descrevê-lo.
23. Observar para dizer mais, com menos
Não se apegue ao supérfluo, concentre-se em áudio-descrever elementos/detalhes que agregam tom, cor e movimento à “história visual” da obra.
24. Descreva o real, dispense sua interpretação e seu julgamento
O áudio-descritor deve evitar interpretações ou julgamentos sobre o que está ocorrendo na história e dedicar-se a traduzir o que ele efetivamente vê, isto é, aquilo que é fato visual, objetivo.
25. Observe para não deixar nada importante de fora
Os elementos que impulsionam a história devem ser descritos. No teatro, por exemplo, deve-se descrever o cenário, o figurino, os efeitos de iluminação, etc.
26. Se não é visto, não é para ser descrito
O áudio-descritor não vê a câmera ou as técnicas fílmicas, fotográficas, teatrais, circenses etc. Então, não faça referência à câmera, aos movimentos de câmera ou a outros elementos técnicos do registro fílmico, fotográfico ou cênicos. Traduza o efeito visual que esses elementos produzem/causam.
27. Conhecimento não ocupa espaço
O áudio-descritor. só se torna profissional com o profundo conhecimento teórico: ele não nasce pronto, precisa tornar-se pelo estudo e pela praxes.
28. Um áudio-descritor precisa bem mais do que apenas ser capaz de ver e descrever/
Habilidades linguística e de fala, capacidade de observar e traduzir os elementos visuais marcantes de uma dada cena são quesitos necessários para fazer uma áudio-descrição empoderativa.
29. Pau para toda obra
Os áudio-descritores devem ser capazes de: discutir a promoção do programa, preparar notas técnicas do programa, usar o equipamento da áudio-descrição, saber recepcionar os clientes, discutir a respeito das leis garantidoras da acessibilidade comunicacional, etc.
30. Fidelidade, também é desejável na tradução visual
O áudio-descritor deve descrever o que vê, deve ser uma lente de câmera fiel, isto é, o que chega aos olhos do tradutor visual deve sair-lhe pela boca, sem nenhuma interpretação ou valoração pelo profissional da áudio-descrição.
31. Menos palavras com mais informação resulta em boa áudio-descrição
A áudio-descrição deve ser clara e concisa, correta e específica, coesa e coerente, informativa e e vívida.
32. Não faça ao outro, o que ele pode fazer por si só
O áudio-descritor não deve interpretar pelo usuário, mas dar a este a correta e específica descrição que o empodere a imaginar (ver) o evento visual.
33. Descrição do estado x áudio-descrição da ação
O áudio-descritor deve preocupar-se com a tradução das ações e, com a correta tradução delas, levar os usuários a deduzir o estado resultante de tas ações. Não deve dizer: Ele está chateado" ou "Ela está triste. Deve descrever: Ele está apertando o punho" ou "Ela está tremendo.
34. Mensageiros da imagem
Os áudio-descritores devem entregar as “evidências das imagens ” (dos eventos visuais), traduzindo como elas são, não as interpretando, inferindo sobre elas ou as censurando.
35. Observe para ver e descrever com precisão
Diga o que você vê, quando o que viu for essencial para fazer seu usuário ver a obra traduzida.
36. Fique atento: não diga o que você não vê
O áudio-descritor deve atentar-se para os detalhes que o espectador ocasional não veria, saber distinguir entre o que é essencial para a apreciação do evento visual e produzir traduções empoderativas.
37. Seja lógico
Descreva do geral para o específico, de cima para baixo, da esquerda para direita, no sentido horário etc. O uso excessivo de advérbios de lugar em uma só descrição pode levar à confusão, em vez do entendimento, e da apreciação da obra.
38. Fique na sua
Não ofusque o trabalho dos atores, não dê um de mediador do museu ou de guia turístico. Você é tradutor visual e está na obra para áudio-descrever, não para atuar, mediar ou guiar.
39. Seja claro
Use frases e não palavras isoladas, use boa gramática e boa locução.
40. Não tenha preguiça
O áudio-descritor tem a obrigação de empoderar o cliente. Então, descreva a ação que indica a emoção (em vez de meramente a nomear).
41. Faça seu papel:
Identifique os personagens pela aparência, e não por tipo ou estereótipo. Seu papel é traduzir o que se pode ver e fazer ver ao usuário, com lividez nas imagens áudio-descritas.
42. Privilegiar o cliente é subestimar-lhe a capacidade intelectual
Não antecipe informações aos clientes da áudio-descrição. Por exemplo, só diga o nome de um personagem e as características dele quando o evento os apresentar. Ademais, oferecer informações privilegiadas subestima a capacidade intelectual de dedução do usuário.
43. A “Sua opinião é muito válida, então a guarde para quando não estiver áudio-descrevendo
Interpretação, opinião, inferência ou rótulo são "atalhos informacionais” que devem ser evitados. Mesmo o áudio-descritor tendo uma quantidade limitada de tempo para inserir uma descrição, deve evitar a “tentação de usar um atalho verbal”, uma vez que os atalhos verbais são, por natureza, interpretativos, subjetivos, opinativos, inferenciais.
44. Livre arbítrio do áudio-descritor
Fazer a escolha precisa e correta das palavras; fazer a escolha do que, como e quando algo vai ser descrito; fazer a descrição de ações importantes para que a obra seja vista pelo cliente fazem parte do livre arbítrio, (das escolhas) do áudio-descritor.
45. Seja ético!
Os áudio-descritores devem evitar aceitar tarefas, cujo conteúdo a ser descrito os faria sentir-se desconfortáveis. Antes de aceitar qualquer tarefa, os áudio-descritores devem tentar averiguar se isso os colocaria numa situação de desconforto e, se for este o caso, rejeitar delicadamente a tarefa.
Excerto para a produção de slides sobre Áudio-descrição
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação:
Pesquisadores
Técnicos
Áudio-Descritores
Locutores
Consultores
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Inglaterra
- Surrey University - MA Monolingual Subtitling and Audio Description (Mestrado em Legendagem Monolingue e Áudio-Descrição)
Programa de pós-graduação voltado para acessibilidade midiática por pessoas com deficiências sensoriais.
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Alguns dos módulos são: Tradução Audiovisual Intralinguística (Legendagem para pessoas surdas ou com deficiência auditiva), Áudio-Descrição, Questões da Tradução Audiovisual e Princípios de Linguística Aplicada.
Site do curso: http://www.surrey.ac.uk/postgraduate/taught/ monolingualsubtitling/
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Espanha
- Universidad Carlos III de Madrid – Centro Español de Subtitulado y Audiodescripción (CESyA)
O Centro Español de Subtitulado y Audiodescripcíon é uma instituição pública dependente do Ministério de Trabalho e Assuntos Sociais, vinculado à Universidad Carlos III de Madrid.
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
O Centro é responsável pela formação de legendadores e áudio-descritores, fornece informações sobre regulamentação e normas técnicas para legendagem e tradução, divulgação de pesquisas e convocação de projetos e sensibilização social, além de conter uma base de dados de obras audiovisuais legendadas e áudio-descritas.
Site do Centro: http://www.cesya.es/
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Espanha
- Universidad Carlos III de Madrid – Especialista en Tecnología de Subtitulado y Audiodescripción
A Universidade oferece curso online de Especialização em Tecnologia de Legendagem e Áudio-Descrição, com duração de 6 meses.
Site do programa: http://www.uc3m.es/portal/page/portal/postgrado_mast_doct/cursos_especia...
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Portugal
- IACT – Inclusão e Acessibilidade em Ação (Instituto Politécnico de Leiria)
Sua principal missão é desenvolver a investigação científica transdisciplinar na área das Ciências da Comunicação, numa perspectiva fundamental, aplicada e experimental.
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Simultaneamente, propõe-se desenvolver metodologias, técnicas e produtos, formar, prestar serviços à comunidade, intervir na sociedade (para melhorar condições e desenvolver atitudes integradoras) e valorizar as competências das pessoas com necessidades especiais.
Retirado do site: http://iact.ipleiria.pt/
Áudio-Descrição nas Instituições
Canadá
- E-Inclusion Research Network
O Objetivo do E-Inclusion Research Network é administrar uma rede de usuários, artistas, produtores e pesquisadores que desenvolverão ferramentas de áudio e vídeo e tecnologias que permitam produtores de materiais multimídia a enriquecerem a experiência multimidiática para pessoas com perda total e/ou parcial da visão e/ou audição.
São parceiros de pesquisa do projeto: Centre de recherche informatique de Montréal (CRIM), École de technologie supérieure (ÉTS), Université de Montréal, Université Laval e McGill University. Site do grupo: http://e-inclusion.crim.ca/
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Brasil
- Ceará/ Minas Gerais - PROCAD UECE/UFMG
Projeto de cooperação acadêmica (PROCAD) entre a Universidade Estadual do Ceará (UECE) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) financiado pela CAPES. O principal objetivo é encontrar um modelo de audiodescrição que atenda às necessidades dos cegos brasileiros.
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
O projeto visa também a formação de profissionais e pesquisadores em audiodescrição no Brasil para que os resultados da pesquisa produzam uma prática que garanta a qualidade do produto final. Retido dos sites: http://www.uece.br/posla/index.php/intercambios e http://www.letras.ufmg.br/posl
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Brasil
- Bahia – TRAMAD (UFBA)
O TRAMAD (Tradução, Mídia e Audiodescrição) é um grupo de pesquisa da UFBA, e o primeiro no Brasil, a se dedicar ao estudo sistemático e implementação da acessibilidade audiovisual para cidadãos deficientes visuais através da audiodescrição, uma modalidade de tradução audiovisual.
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
O grupo é coordenado pela Profa. Dra. Eliana Franco (especialista em tradução audiovisual), vice-coordenado pela Me. Sandra de Farias e conta com a participação de outros pesquisadores da UFBA. (retirado do site: http://audiodescricaobrasil.blogspot.com/ )
Site para informações: http://audiodescricao.com/site/
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Brasil
- Pernambuco – Centro de Estudos Inclusivos (CEI/UFPE)
Idealizado e coordenado pelo Doutor em Psicofísica Sensorial Francisco Lima, vem pesquisando na área com imagens e a pessoa com deficiência visual, formando pesquisadores na área da representação mental e da áudio-descrição, em particular. Com a missão de promover o empoderamento da pessoa com deficiência, esse centro tem efetivado ações na áudio-descrição de peças teatrais, de seminários, de mostras em museus, de filmes e outros.
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Na formação de áudio-descritores, cursos de extensão, orientações de mestrado, disciplina de áudio-descrição aplicada à educação e de áudio-descrição para o curso de rádio, TV e internet têm-se unido à publicação da Revista Brasileira de Tradução Visual para difundir a áudio-descrição no Brasil e no exterior.
Revista Brasileira de Tradução Visual: http://www.rbtv.associadosdainclusao.com.br/index.php/principal
Áudio-Descrição:
Profissionais e Certificação
Formação Técnica
Formação Superior
- Pós-Graduação
* Especialização
* Mestrado
* Doutorado
Áudio-Descrição: O Que é?
Um gênero tradutório que exprime em palavras escritas ou oralizadas os elementos imagéticos necessários à compreensão, apreciação e aquisição de conhecimento dos eventos visuais, promovendo o empoderamento de pessoas com deficiência.
Áudio-Descrição e Empoderamento
O empoderamento constitui “o processo pelo qual indivíduos, organizações e comunidades angariam recursos que lhes permitam ter voz, visibilidade, influência e capacidade de ação e decisão” (HOROCHOVSKI; MEIRELLES, 2009, p.486 )
Áudio-Descrição: Por quê?
Respeito legal: Constituição Brasileira, resoluções internacionais e bom senso.
Áudio-Descrição: Respeito Legal
O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer. (Lei Nº. 10.098/2000).
Áudio-Descrição: Para quem?
Pessoas com deficiência visual (Quase 17 milhões de cidadãos brasileiros.)
Pessoas com dislexia (05% à 17% da população mundial; o distúrbio de aprendizagem de maior incidência nas salas de aula). Fonte: Associação Brasileira de Dislexia.
Pessoas idosas com mais de 60 anos (14,5 milhões de brasileiros; 10% dos quais terão degeneração macular)
Pessoas com Dificuldade de Ver
100% da população brasileira e mundial que, em algum momento, estejam total ou parcialmente privadas da visão.
Definição
A áudio-descrição é a técnica de tradução visual usada para tornar acessíveis performances teatrais, filmes e programas de TV para pessoas com deficiência visual. Uma narração adicional descreve as ações, a linguagem corporal, expressões faciais, cenários e vestimentas.
Segundo (CASADO, 2007), A áudio-descrição é um comentário condensado que se tece ao redor da banda sonora de um meio audiovisual.
A quem se destina a áudio-descrição:
As pessoas com deficiência visual, ou com baixa visão, ganharam uma importante ferramenta; relativamente nova se comparada à legenda, que existe há mais de 60 anos.
Como surgiu a áudio-descrição? Onde?
O congresso aprova o American with Disability Act (ADA), que inclui garantias abrangentes de direitos civis aos americanos dentro de um largo spectro de deficiências.
Como os Países Têm Implementado a Áudio-Descrição
MADRI, 23 de Setembro (EUROPA PRESS) -
O presidente do Comitê Espanhol de Representantes de Pessoas com Deficiência (Cermi), Luis Cayo, solicitou esta terça na Câmara dos Deputados a efetivação de uma “legislação que obrigue as televisões, os meios áudiovisuais a fazer suas transmissões com legendas, em língua de sinais e com áudio-descrição.
Cayo destacou que as televisões acessíveis às pessoas com deficiência funcionam há vários anos em países como os Estados Unidos, Grã Bretanha e França.
Durante a Quarta Assembléia Geral da União Mundial de Cegos, em convenção na cidade de Toronto, Canadá, ficou decidido o seguinte:
A. Exigir dos legisladores que reconheçam o direito das pessoas com deficiência visual de usufruírem da televisão e que dediquem uma parte da capacidade de transmissão digital ao som da áudio-descrição à medida que e quando a televisão digital estiver sendo introduzida.
B. Exigir dos canais de televisão que assumam um compromisso para com os suas audiências com deficiência no sentido de introduzirem serviços tão logo um método de transmissão do som da áudio-descrição torne-se disponível;
C. Exigir a cooperação dos fabricantes de receptores para que incorporem as necessidades das pessoas com deficiência visual ou com baixa visão no projeto dos receptores digitais.
QUARTA ASSEMBLÉIA DA WORLD BLIND UNION
TORONTO, CANADÁ
26-30 AGOSTO 1996
• Em Cuba, filmes com sistema de áudio-descrição para pessoas com deficiência visual.
A Amostra de Cinema Cubano, com cinco filmes para cegos e pessoas com baixa visão foi apresentada, na cidade de La Habana, mediante o sistema de áudio-descrição, método inovador na América Latina. Este foi um evento de importância mundial.
Teatro Diamond Head para a Pessoa com Deficiência Visual
O Teatro Diamond Head está oferecendo áudio-descrição para as pessoas com deficiência visual no segundo domingo de cada apresentação ao vivo no teatro.
A Televisão da Catalunha habilitou um canal de áudio específico para a áudio-descrição, como parte de um projeto que prevê aumentar progressivamente a programação acessível as pessoas cegas.
Acessibilidade à Televisão
Áudio-descrição. (sic)
TV Cabo e Canal Lusomundo Gallery adaptam filmes Portugueses para pessoas cegas. Primeiro filme com áudio-descrição em 3 de Dezembro de 2004. O filme "O Pátio das Cantigas", chegando ao total de 15 filmes.
Estados Unidos, Canadá, Argentina, França, Alemanha, Bélgica, Espanha, Inglaterra, Austrália e Japão.
Regulamentação obriga emissoras de TV a áudio-descreverem seus programas
Na Espanha - aprovada lei de acessibilidade (51/2003) que coloca a obrigatoriedade de aumentar os programas, e DVDs áudio-descritos e legendados. Apesar da lei, nenhum programa de TV é emitido com A-D
A França realiza quase toda a produção de AD que se emite nos países francófonos.No país a TV é a maior difusora da A-D.
Movimentos Internacionais em Prol da áudio-descrição
Muitas cidades grandes possuem organizações com áudio-descritores treinados que oferecem os seus serviços gratuitamente ou pagos para grupos de teatro locais e outros. A maioria das organizações são criadas como sem fins lucrativos.
Prática pioneira da legenda fechada para surdos e da descrição em áudio para cegos.
Conferências e oficinas com especialista na área de AD.
Organização profissional de áudio-descrição (como o WBGH Media Group)
A questão da acessibilidade em Televisão Digital é levantada pelo (GUIA) Grupo Português para Iniciativas em Acessibilidade.
PANORAMA DA ÁUDIO-DESCRIÇÃO NO BRASIL
Cronologia da Áudio-descrição em Pernambuco:
2008
ÁUDIO-DESCRIÇÃO NO BRASIL:
O Festival Internacional de Filmes sobre a Deficiência Assim Vivemos, produzido por Lara Pozzobon, que acontece no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, oferece acessibilidade para pessoas com deficiência visual e auditiva em todos os filmes, desde 2003.
Como se dá a Formação de Áudio-Descritores no Brasil? Como as Pessoas com Deficiência Têm Recebido a Áudio-Descrição:
• ÁUDIO-DESCRIÇÃO X NARRAÇÃO
• Lívia Motta: “A áudio-descrição traz a formalidade para algo que era, anteriormente, feito informalmente, graças à sensibilidade e boa vontade de alguns, sem contudo as pessoas estarem devidamente preparadas para prestar esse tipo de serviço”.
• CONFUSÃO A RESPEITO DO QUE É ÁUDIO-DESCRIÇÃO
• IAPQ – INSTITUTO ANTÔNIO PESSOA DE QUEIROZ
• CONFUSÃO A RESPEITO DO QUE É ÁUDIO-DESCRIÇÃO
• M.B. (aluna de teatro) compara uma exibição com áudio-descrição à radionovela.
• CONFUSÃO A RESPEITO DO QUE É ÁUDIO-DESCRIÇÃO
“A áudio-descrição sempre existiu Nas radionovelas!” (por Evangel Vale (deficiente visual / vice-presidente do Conselho do Estado de Salvador)
• RECEPÇÃO DA ÁUDIO-DESCRIÇÃO:
• Radionovela “Histórias do Dito Gaioleiro”
• Depoimentos na comunidade de Pessoas com Deficiência Visual do ORKUT
• M.M .– “Aqui no Rio só tem um único cinema com áudio-descrição. Minha filha não gosta.
• Prefere quando eu explico o filme numa sala normal...”
RECEPÇÃO DA ÁUDIO-DESCRIÇÃO:
“... é importante que eles falem, dêem opinião sobre essa ou aquela audiodescrição, ao invés de elogiar apenas...”
Dispositivos Legais Que Sustentam a Áudio-Descrição no Brasil
Lei Federal nº 10.098, de 19.12.2000
Art. 17 O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação (...) às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer.
Dispositivos Legais Que Sustentam a Áudio-Descrição no Brasil
Decreto Federal 5.296 (Dez/2004) – regulamentou a lei 10.098
Art. 5 - Aparelhos de TV devem ser equipados com:
- circuito de decodificação de legenda oculta
- recurso para programa secundário de áudio (SAP)
- Entradas para fones de ouvido com ou sem fio
Prazo: 12 meses (venceu em Dez/2005)
Dispositivos Legais Que Sustentam a Áudio-Descrição no Brasil
Portaria 310, de 27.06.2006
Torna obrigatória a veiculação de programas das TV abertas, a princípio 02h/dia
- Prazo: carência de 02 anos-venc. 27/06/2008
- 27/06/2008 - Portaria 403 suspendeu por 30 dias
• 23/07/2008 – Reunião com representantes das áreas envolvidas 90 dias – 160 AD
30.07.2008 - portaria 466
Dispositivos Legais Que Sustentam a Áudio-Descrição no Brasil
Portaria 466, de 30/07/2008
Prazo de 90 dias, para que as empresas de radiodifusão de som e imagens passem a oferecer acessibilidade
-Prazo venceu em 30/10/2008
- Antes do término do prazo, suspendeu a aplicação, somente da A-D, para a realização de nova consulta pública. Prazo: 30/01/2009, podendo prorrogar sine die.
PANORAMA DA ÁUDIO-DESCRIÇÃO NO BRASIL
Lições de Gregory Frazier
• “O tradutor não deve se tornar o centro das atenções ao traduzir um evento visual”
Lições de Gregory Frazier
• “Para a efetivação da boa áudio-descrição, o áudio-descritor deve ter conhecimento linguístico que lhe permita ser objetivo ao traduzir um evento visual, não devendo ele apegar-se ao supérfluo, concentrando-se em elementos/detalhes que agregam tom, cor e movimento à “história”.
Lições de Gregory Frazier
• O áudio-descritor deve evitar interpretações ou julgamentos sobre o que está ocorrendo na “história”
Lições de Gregory Frazier
• Os elementos que impulsionam a história devem ser descritos. No teatro, por exemplo, deve-se descrever o cenário, os figurinos, os efeitos de iluminação, etc.
Lições de Gregory Frazier
• O áudio-descritor deve evitar chamar a atenção para a arte do cinema, a saber, não fazer referência à câmera, aos movimentos de câmera ou a outros elementos técnicos do registro fílmico, fotográfico etc.
Lições de Margareth e Cody Pfanstiehl
• Os áudio-descritores devem capacitar-se para sua atividade profissional. O áudio-descritor não nasce pronto, ele se faz.
Lições de Margareth e Cody Pfanstiehl
• Os áudio-descritores devem ter: habilidade de fala e a capacidade de perceber e descrever os elementos visuais marcantes de uma dada cena.
Lições de Margareth e Cody Pfanstiehl
• Um áudio-descritor precisa bem mais do que apenas ser capaz de ver e descrever uma imagem ou um outro evento visual qualquer.
Lições de Margareth e Cody Pfanstiehl
• Os áudio-descritores devem ser capazes de:
– discutir a promoção do programa,
– preparar notas técnicas do programa,
– usar o equipamento da áudio-descrição.
Lições de Margareth e Cody Pfanstiehl
• O áudio-descritor deve ser colocado em contato com várias situações de tradução visual, por exemplo, ser levado a assistir a segmentos diversos de vídeos e fazer áudio-descrições. Estas deverão ser comparadas com as de seus colegas aprendizes – uns debatendo/criticando as traduções dos outros.
Lições de Margareth e Cody Pfanstiehl
• Os aprendizes deverão fazer semelhante exercício de tradução com segmentos áudio-descritos por áudio-descritores mais experientes.
Lições de Margareth e Cody Pfanstiehl
• O áudio-descritor deve áudio-descrever o que vê; que ele deve ser uma lente de câmera fiel, isto é, o que chega aos olhos do áudio-descritor deve sair-lhe pela boca, sem qualquer interpretação ou valoração.
Lições de Margareth e Cody Pfanstiehl
• “Menos é mais”.
• A áudio-descrição deve ser clara e concisa, sucinta e vívida, correta e específica.
Lições de Jesse Minkert
• Diga o que você vê;
• Não diga o que você não vê;
• Vá do geral para o específico;
• Não ofusque o trabalho dos atores;
• Seja claro;
Lições de Jesse Minkert
• Use frases e não palavras isoladas;
• Descreva a ação que indica a emoção (em lugar de meramente nomear a emoção);
• Identifique os personagens pela aparência, e não por tipo ou estereótipo;
• Não apresente informações antes de o evento as apresentar
Lições de Jesse Minkert
• A "interpretação" são "atalhos informacionais” que devem ser evitados.
• Mesmo o áudio-descritor tendo uma quantidade limitada de tempo para inserir uma descrição, deve evitar a “tentação de usar um atalho verbal”, visto que os atalhos verbais são, por natureza, interpretativos.
Lições de Jesse Minkert
• Características de áudio-descritores em potencial:
• Fazer a escolha concisa e correta das palavras;
• Fazer a escolha do que vai ser descrito (fazer a descrição de ações importantes);
• Não fazer interpretações;
• Não descrever por sobre as falas;
Lições de Jesse Minkert
• Fazer locução clara e com registro linguístico fácil de se entender;
• Descrever, nem muito, nem pouco (áudio-descrever comedidamente);
• Identificar quem são os personagens;
• Colocar a entoação de voz adequada.
Lições de Joel Snyder
• O áudio-descritor deve verificar se os diretores, atores e demais operadores do teatro sabem o que é áudio-descrição, como ela se dá no teatro (também nos eventos fílmicos), como ela é importante para a acessibilidade do público com deficiência, etc.
Lições de Joel Snyder
• A áudio-descrição é direito do público com deficiência e que, havendo a acessibilidade comunicacional no espetáculo, no filme ou no show, o ganho será econômico (aumentar-se-á o público), será legal (os consumidores com deficiência desses eventos serão respeitados no seu direito à acessibilidade comunicacional), e terá função social (se estará promovendo a inclusão social de pessoas com deficiência aos bens culturais, de educação e lazer que esses eventos representam).
Lições de Joel Snyder
• A áudio-descrição deve ser feita com base no entendimento de que na plateia pode haver pessoas com baixa visão também, sendo importante áudio-descrever cores, localizar os elementos na tela, na pintura etc.
Lições de Joel Snyder
• A áudio-descrição não pode ser feita, exclusivamente pensando na pessoa cega, mas nas pessoas com deficiência visual em geral, nas pessoas que estão temporariamente impedidas de ver (independentemente da razão desse impedimento) etc.
Lições de Joel Snyder
• A entoação serve ao áudio-descritor como uma ferramenta áudio-descritiva, por vezes, economizando ao tradutor visual palavras que poderão ser usadas para trazer mais áudio-descrição ou, apenas, abrir espaço para melhor apreciação da obra.
Lições de Joel Snyder
• O áudio-descritor de respeitar o na obra, o silêncio também precisa ser experienciado pelo espectador com deficiência visual, usuário da áudio-descrição.
Lições de Joel Snyder
• Indicadores verbais para os cortes de cena devem ser utilizados com atenção e comedimento, o uso repetitivo de, por exemplo, agora, é inadequado, e pode invariavelmente ser substituído por informações áudio-descritivas mais úteis e relevantes.
• A prática leva à profissionalidade.
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve estar presente para o que a obra exige ser traduzida, e invisível para que a obra possa ser apreciada em si mesma.
Lições de Francisco Lima
• “O áudio-descritor é a ponte entre a imagem inacessível à pessoa com deficiência visual e a informação acessível pela audição ou leitura das palavras que traduzem o evento visual.”
Lições de Francisco Lima
• O papel do áudio-descritor não é fazer a leitura da obra, é propiciar ao cliente da áudio-descrição que faça essa leitura.
Lições de Francisco Lima
• Para que o tradutor visual possa dar as condições de modo que seu cliente chegue, com autonomia e independência, às conclusões sobre a obra que acessou tátil ou auditivamente, por meio da áudio-descrição, aquele profissional deverá estudar criteriosamente a obra a ser áudio-descrita; pesquisá-la profundamente, e traduzi-la honesta e fielmente, sem censurá-la e sem alterar-lhe o sentido ou intenção.
Lições de Francisco Lima
• A somatória dos termos áudio e descrição não é mero resultado da adição dessas palavras grafadas juntas, mas a construção de um novo conceito em que prosódia e grafia mantidas expressam um gênero tradutório em que o princípio não é outro que o empoderamento da pessoa com deficiência na tomada de decisão, na apreciação do evento visual, no acesso com igualdade de oportunidade aos eventos imagéticos, sejam eles estáticos, sejam dinâmicos.
Lições de Francisco Lima
• Com a áudio-descrição, pessoas cegas passam a descobrir o quanto não viam de um filme, cujo conteúdo entendessem; o quanto não conheciam de uma rua que costumeiramente percorriam; ou o quanto não sabiam de algo ou alguém que conheciam pelo tato.
Lições de Francisco Lima
• Grandes configurações ou configurações pequenas demais não são percebidas pelo sistema háptico, sendo aí, uma das situações em que a áudio-descrição vem suprir lacunas provocadas pela ausência da visão ou pela limitação do sentido do tato.
Lições de Francisco Lima
• Há três entendimentos sobre o reconhecimento de imagens pela pessoa cega:
• 1. A impossibilidade de a pessoa cega compreender eventos visuais;
• 2. As pessoas com deficiência visual apenas compreenderiam, em parte, os eventos visuais, sem a profundidade ou detalhamento de uma pessoa vidente;
• 3. Dadas as condições adequadas, o treino necessário e o tempo adequado, a pessoa com deficiência pode fazer uso dos eventos imagéticos, sejam eles traduzidos hapticamente, sejam traduzidos em palavras, por meio da áudio-descrição.
Lições de Francisco Lima
• Notas proemias são orientações áudio-descritivas globais que antecedem, mas não antecipam informações; que apresentam, mas não revelam a obra; e que instruem a áudio-descrição, sem contudo adiantar aos usuários, aquilo que não está disponível aos espectadores videntes.
Lições de Francisco Lima
• O locutor da áudio-descrição é aquele que oraliza o roteiro áudio-descritivo. O áudio-descritor é aquele que produz o roteiro áudio-descritivo. Este pode ser locucionado pelo próprio áudio-descritor ou por um locutor.
Lições de Francisco Lima
• No teatro, o locutor da áudio-descrição deve ser um áudio-descritor, pois, ainda que se tenha um roteiro, este é apenas um caminho que deverá o áudio-descritor seguir, não “O” caminho. Muitas vezes, num espetáculo, o locutor da áudio-descrição será chamado a áudio-descrever situações repentinas, não previstas no roteiro.
Lições de Francisco Lima
• Áudio-descrever é mais do que dizer o que se vê (diretriz de ouro da áudio-descrição), é traduzir o que se vê e o que é necessário para o empoderamento do usuário.
Lições de Francisco Lima
• Um áudio-descritor pode deixar de áudio-descrever uma dada cena ou detalhe por conta de uma censura despercebida ou até mesmo proposital. E se este último caso acontecer, se o áudio-descritor desejar omitir algo que a obra requer que seja áudio-descrita, ele deve abrir mão de fazer o trabalho. É antiético censurar uma áudio-descrição por conta de valores religiosos, morais do áudio-descritor.
Lições de Francisco Lima
• “Não descreva o que você não vê”, ou não descreva pela negativa, isto é, não descreva elementos inexistentes na imagem.
Lições de Francisco Lima
• “Na sala, um homem sem cabelos, sem bigode e sem dentes digita num computador sem teclado”. Seria melhor traduzido como: “na sala, um homem careca, banguela, digita num computador touch screen.”
Lições de Francisco Lima
• Ao produzir uma áudio-descrição, o áudo-descritor não deve fazer uso de adversativas.
Lições de Francisco Lima
• O uso dos pronomes possessivos “seu,sua , seus , suas”, além de invariavelmente constituir inserção de palavras desnecessárias, por vezes leva ambiguidade à áudio-descrição.
Lições de Francisco Lima
• O tradutor deve traduzir em terceira pessoa (“o trem vem em nossa direção”) e primeira, nas raras situações em que ele engloba o espectador na áudio-descrição. Exemplo: “andamos pela floresta”
Lições de Francisco Lima
• A áudio-descrição é um trabalho intelectual do tradutor visual, e como tal, é livre expressão do trabalho do áudio-descritor.
Lições de Francisco Lima
• A produção de uma áudio-descrição é ditada pela consideração da obra e do usuário a que ela se destina, sendo que é esse conjunto que exige do tradutor o que traduzir, como traduzir, quando e quanto traduzir.
Lições de Francisco Lima
• A áudio-descrição não é determinada pela disponibilidade imediata do áudio, mas é construída na mediação da informação oral descritiva dos eventos visuais, esteada na provisão de acessibilidade comunicacional que leve ao empoderamento das pessoas usuárias desse serviço.
Lições de Francisco Lima
• Na áudio-descrição, a concisão remete à áudio-descrição com o mínimo de palavras, ditas em um curto espaço de tempo, isto é, expressas com brevidade, porém com o máximo de informações possível, o que quer dizer, de modo direto/objetivo.
Lições de Francisco Lima
• Na áudio-descrição, a clareza exprime, com a maior nitidez, o texto áudio-descritivo.
Lições de Francisco Lima
• Na áudio-descrição, a correção refere-se à exatidão com que se áudio-descreve um evento visual.
Lições de Francisco Lima
• Na áudio-descrição, a especificidade é a escolha tradutória de termos/palavras que eliciem a melhor e mais precisa ideia do que se está áudio-descrevendo.
Lições de Francisco Lima
• Na áudio-descrição, a vividez é o resultado da escolha tradutória que elicia a mais vívida imagem na mente de quem ouve/lê a áudio-descrição.
Lições de Francisco Lima
• São componentes das Notas Proêmias: tema da obra; a autoria da obra; o tipo/técnica utilizada na obra; as propriedades das imagens; o estilo; a natureza da obra (se são gravuras, fotografias, brasões, selos, sinetes, lacres, chancelas, estampilhas, papéis selados, desenhos etc.);
Lições de Francisco Lima
• São componentes das Notas Proêmias: o estado da obra (se o documento ou imagem é original, réplica, cópia, ou se está em bom estado de conservação etc.);
Lições de Francisco Lima
• São componentes das Notas Proêmias: A descrição de personagens (dos filmes, dos espetáculos e livros), ou de pessoas (um palestrante em um seminário, por exemplo); a descrição do figurino, do cenário, etc.;
Lições de Francisco Lima
• São componentes das Notas Proêmias: a definição de termos utilizados na áudio-descrição; e tudo mais que for essencial à compreensão da obra e da áudio-descrição em si, mas que não se tem tempo para se áudio-descrever durante a locução, ou espaço, no corpo da redação áudio-descritiva.
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve redigir/locucionar a áudio-descrição na terceira pessoa do presente do indicativo
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve evitar a expressão “nós vemos”;
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve descrever sem fazer uso de conjunções adversativas;
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve usar os pronomes indefinido e definido, consoante a norma gramatical padrão (usa-se artigo indefinido quando algo é mencionado pela primeira vez, usa-se artigo definido quando algo já foi mencionado);
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve observar as regras textuais de coesão e coerência, respeitando o gênero, a linguagem, o ritmo e a locução da obra e da áudio-descrição
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve atentar para as relações de hierarquia, definindo a hiperonímia, a partir dos elementos hiponímicos, de uma dada cena ou imagem.
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve observar as relações de inclusão, descrevendo os imagemas holonímicos (sempre considerando os elementos meronímicos), quando possível e, certamente, todas as vezes que eles forem indispensáveis ao entendimento do evento visual;
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve descrever a partir das relações semânticas entre os elementos, e, em especial, considerar a relação temporal dos imagemas, isto é, a ordem em que os elementos visuais devem ser áudio-descritos, em função de uma sequência temporal lógica ou organização implícita entre imagens e ou imagemas.
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que a numeração de página seja colocada no canto superior direito;
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que o espaçamento entre linhas seja duplo, ou pelo menos de 1,5;
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar queo tipo de fonte seja Arial, Times New Roman ou similar (não é recomendado utilizar letra rebuscada, esticada ou estilo cursiva);
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que o tamanho da fonte seja agradável (adequado) para leitura;
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que cada linha da áudio-descrição seja enumerada;
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que a impressão seja feita com a melhor resolução possível (não se deve economizar na tinta);
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que a formatação seja justificada, ou alinhada à esquerda, o que trouxer melhor conforto para a leitura, ou permitir melhor localização dos elementos áudio-descritivos no roteiro;
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que apenas a primeira letra de nomes próprios seja grafada com maiúscula;
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que as palavras e/ou nomes próprios estrangeiros sejam grafados em negrito;
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que as abreviaturas não correntes ou pouco conhecidas sejam desenvolvidas/lidas com os acréscimos entre parênteses e em grifo. (Ex: PAO, Padaria Artesanal Orgânica);
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que as abreviaturas usuais, ou de fácil reconhecimento, sejam lidas na forma que se apresentem. (Ex: USA, USP, IBM, IBGE);
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que os sinais especiais de origem latina e os símbolos e palavras monogramáticas sejam desdobrados/lidos. (Ex: IHR, Christus; &rª, et cetera;e.g., exempli gratia; etc., et cetera);
Lições de Francisco Lima
• Na redação de um roteiro o áudio-descritor deve observar que os algarismos romanos sejam registrados como numeral arábico, por extenso, entre parênteses e grifado, sendo lidos dessa forma. (Ex: Século XVII, Século dezessete);
Lições de Francisco Lima
• No uso de um roteiro impresso o áudio-descritor deve observar que em caso de áudio-descrição ao ar livre, em lugar aberto, o roteiro seja plastificado; que as páginas possam ser protegidas com plástico translúcido e grosso, para evitar molharem-se com a chuva, ou com o suor das mãos;
Lições de Francisco Lima
• No uso de um roteiro impresso o áudio-descritor deve observar que se busque encadernar ou pelo menos grampear as folhas do roteiro, de modo que não se percam, certificando, contudo, que possam ser manuseadas para frente ou para trás com facilidade, rapidez e sem risco de as rasgar;
Lições de Francisco Lima
• No uso de um roteiro impresso o áudio-descritor deve observar que, para leitura mais confortável, se use uma prancheta leve e ergonômica, como suporte;
Lições de Francisco Lima
• No uso de um roteiro impresso o áudio-descritor deve certifica-se que tenha sempre à mão uma pequena lanterna que possa servir à leitura em lugares com baixa iluminação. (Certifique-se, contudo, de que a luz de sua lanterna não seja problema para terceiros);
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve manter uma cópia extra do roteiro, para o caso de extravio, perda ou danificação do original;
Lições de Francisco Lima
• Ao usar o roteiro, o áudio-descritor deve evitar dobrar, rasurar ou danificar o roteiro. (Se fizer ajustes de última hora, à mão, imprima nova cópia do script com os novos ajustes, assim que puder);
Lições de Francisco Lima
• O áudio-descritor deve guardar o roteiro em lugar seco e sem poeira. (Isso preservará o documento e lhe evitará problemas de saúde, como os respiratórios, por exemplo).
Lições de Francisco Lima
• Um roteiro áudio-descritivo bem elaborado garante a qualidade do serviço, a efetivação da acessibilidade comunicacional e o empoderamento dos usuários.
Lições de Francisco Lima
• Produzir um roteiro para áudio-descrição é sinal de profissionalidade. O roteiro bem produzido e adequadamente preservado poderá servir, para registrar a áudio-descrição como documento que poderá servir para pesquisas e estudos de outros áudio-descritores em formação.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem respeitar a privacidade e confidencialidade do cliente (a entidade que está contratando os serviços do áudio-descritor) e a(s) pessoa(s) que o cliente está servindo (o(s) consumidor(es) da áudio-descrição).
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• A obrigação do áudio-descritor é dupla: para com a organização que está contratando os serviços do áudio-descritor (cliente) e para com o(s) usuário(s) da áudio-descrição (consumidor(es)).
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Em algumas situações o áudio-descritor pode ter contato direto com o consumidor. Neste caso, o áudio-descritor é colocado num relacionamento confidencial com aquele indivíduo e como tal deve manter o direito da pessoa à privacidade e confidencialidade.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Áudio-descritores devem aceitar apenas aquelas tarefas para as quais possuam as habilidades e conhecimento.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Há muitas mídias diferentes para as quais a áudio-descrição pode ser aplicada e nem todo áudio-descritor é treinado ou possui conhecimento sobre áudio-descrição em todo tipo de mídia. Saiba recusar um trabalho para o qual você sabe que não preparado.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem se conduzir com profissionalismo e de uma maneira adequada para a situação para a qual estão fornecendo o serviço de áudio-descrição.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem se vestir e se comportar de uma maneira que seja apropriada para o ambiente específico no qual eles estejam fornecendo o serviço de áudio-descrição.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem evitar aceitar tarefas, cujo conteúdo a ser descrito os faria sentir-se desconfortáveis. Antes de aceitar qualquer tarefa, os áudio-descritores devem tentar averiguar se isso os colocaria numa situação de desconforto e, se for este o caso, rejeitar delicadamente a tarefa.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem demonstrar respeito pela diversidade de clientes, consumidores e colegas.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem manter práticas comerciais éticas.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem imediatamente notificar os clientes caso ocorram problemas com as tarefas que eles aceitaram.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Quando forem pagos por seus serviços, os áudio-descritores devem cobrar valores adequados e apresentar faturas profissionais com pontualidade.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem aproveitar cada oportunidade de melhorar e desenvolverem sua habilidade.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem frequentar workshops e conferências.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem orientar e serem orientados por outros áudio-descritores.
Código de Conduta Profissional para Áudio-Descritores e Formadores em Áudio-Descrição
• Os áudio-descritores devem aproveitar cada oportunidade de ouvir e de participar de trabalhos de outros áudio-descritores.
Legislação
• Lei Federal 10.098/00
• Foi sancionada a Lei 10.098, conhecida como Lei da Acessibilidade, por estabelecer normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, além de outras providências.
• Lei Federal 10.098/00
Art. 2o Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições:
[...]
II – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas, classificadas em:
[...]
d) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa;
• Lei Federal 10.098/00
...
Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer.
LEGISLAÇÃO
• Dezembro de 2004
• Decreto Federal 5.296/04, regulamenta a Lei da Acessibilidade, inclusive no que se refere à acessibilidade na comunicação, de modo geral, e, na televisão, em particular.
• O artigo 52 deste decreto determinou a adaptação dos aparelhos televisores de modo a poderem ser usados por pessoas com deficiência, e o artigo 53 originalmente atribuiu à Anatel a competência para regulamentar as questões referentes à acessibilidade na programação veiculada pelas emissoras de televisão, entre elas: closed caption ou legenda oculta, áudio-descrição e janela para intérprete de LIBRAS.
LEGISLAÇÃO
• Fevereiro de 2005
• Decreto Federal 5.371/05: reformulou e estabeleceu as competências do Ministério das Comunicações e da Anatel, no que se refere aos serviços de transmissão e retransmissão da programação de televisão. A reformulação nas competências do Ministério das Comunicações e da Anatel estabelecida por este decreto exigiu, em consequência, que o artigo 53 do Decreto Federal 5.296/04 também fosse reformulado.
LEGISLAÇÃO
• Outubro de 2005
• O Comitê Brasileiro de Acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT publicou a Norma Brasileira NBR 15290: Acessibilidade em Comunicação na Televisão.
LEGISLAÇÃO
• Novembro de 2005
• O Ministro das Comunicações assinou a Portaria 476, submetendo à consulta pública uma minuta de Norma Complementar, destinada a regulamentar o artigo 53 do Decreto Federal 5.296/04; e agendou data para a realização de audiência pública.
LEGISLAÇÃO
• Dezembro de 2005
• Decreto Federal 5.645/05, que deu nova redação ao Artigo 53 do Decreto Federal 5.296/04, atribuindo ao Ministério das Comunicações a responsabilidade pela regulamentação das diretrizes de acessibilidade na programação das emissoras de televisão, bem como estabeleceu prazo de 120 dias para a publicação dessas diretrizes, ficando assim compatível com as novas determinações estabelecidas pelo Decreto Federal 5.371/.
• Deste modo, no que se refere à áudio-descrição, entendida como descrição e narração, em voz, de cenas e imagens, os artigos do Decreto Federal 5.296/04 passaram a vigorar com a seguinte redação:
• Decreto Federal 5.296/04
Art. 52. Caberá ao Poder Público incentivar a oferta de aparelhos de televisão equipados com recursos tecnológicos que permitam sua utilização de modo a garantir o direito de acesso à informação às pessoas portadoras de deficiência auditiva ou visual.
Parágrafo único. Incluem-se entre os recursos referidos no caput:
I - circuito de decodificação de legenda oculta;
II - recurso para Programa Secundário de Áudio (SAP); e
III - entradas para fones de ouvido com ou sem fio.
Art. 53. Os procedimentos a serem observados para implementação do plano de medidas técnicas, previstos no art. 19 da Lei no 10.098, de 2000, serão regulamentados, em norma complementar, pelo Ministério das Comunicações.
§ 1o O processo de regulamentação de que trata o caput deverá atender ao disposto no art. 31 da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
§ 2o A regulamentação de que trata o caput deverá prever a utilização, entre outros, dos seguintes sistemas de reprodução das mensagens veiculadas para as pessoas portadoras de deficiência auditiva e visual:
I - a subtitulação por meio de legenda oculta;
II - a janela com intérprete de LIBRAS; e
III - a descrição e narração em voz de cenas e imagens.
§ 3o A Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República assistirá o Ministério das Comunicações no procedimento de que trata o § 1o.
LEGISLAÇÃO
• Abril de 2006
• Decreto Federal 5.762/06, prorrogou por 60 dias o prazo para o cumprimento do que determina o Decreto Fderal 5.645/05, ou seja, ampliou o prazo para o Ministério das Comunicações publicar a regulamentação do artigo 53 do Decreto Federal 5.296/04.
LEGISLAÇÃO
• Dezembro de 2006
• A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas aprovou a Convenção Sobre Direitos das Pessoas com Deficiência, que trata especificamente sobre a acessibilidade na televisão em seu artigo 30:
Decreto Legislativo 186/08 e Decreto Presidencial 6.949/09
• Artigo 30 - Participação na vida cultural e em recreação, lazer e esporte
• 1. Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência de participar na vida cultural, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, e deverão tomar todas as medidas apropriadas para que as pessoas com deficiência possam:
• 1. Desfrutar o acesso a materiais culturais em formatos acessíveis;
2. Desfrutar o acesso a programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades culturais, em formatos acessíveis;
LEGISLAÇÃO
• Março de 2007
• O Presidente da República protocola, na ONU, o depósito da assinatura da Convenção Sobre Direitos das Pessoas com Deficiência. O fato relevante para a luta pela implementação da áudio-descrição no Brasil é que o Presidente da República também depositou assinatura do protocolo adicional a esta convenção, que submete seus signatários ao monitoramento da ONU para o cumprimento dos princípios da convenção.
LEGISLAÇÃO
• Julho de 2008
• Em 9 de julho, o Congresso Nacional promulgou o Decreto Legislativo 186 – Convenção Sobre Direitos das Pessoas com Deficiência – tornando-se o primeiro tratado internacional a vigorar no Brasil com status de Emenda Constitucional.
3. Glossários para Áudio-descrição.
Glossário do Corpo Humano
Glossário de partes do corpo
A:
Amigdala
Apêndice
Ânus
Abdômen
Artéria
B:
Baço
Braço
Boca
C:
Coração
Cabeça
Cabelo
D:
Diafragma
Dedos
Dente
E:
Estômago
Estribo
Esôfago
F:
Face
Faringe
Fígado
Fêmur
Falange
G:
Genitália
Garganta
H:
I:
Intestino
J:
Joelho
L:
Língua
Lábios
M:
Mão
Mama
Músculos
N:
Nádegas
Nariz
O:
Olho
Ouvido
Ovário
Ombros
P:
Pênis
Pâncreas
Perna
Panturrilha
Patela
Q:
Queixo
Quadril
R:
Reto
Rim
Rádio
S:
Sacro
T:
Tornozelo
Tíbia
U:
Útero
Ulna
V:
Vagina
Veias
Vesícula Biliar
Vértebras
DESCRITIVOS PARA A FIGURA HUMANA
Cabeça
Tamanho
Grande, pequena, média
Formato
Chata, oval
Cabelos
Tamanho
Longos, curtos, compridos, acima do ombro, calvo, careca
Tipo
Lisos, crespos, ondulados, encaracolados
Cor
Castanhos, ruivos, galegos, amarelos, loiros, pretos, marrons, brancos, grisalhos, com mechas
Forma
Penteados, despenteados, presos, armados, alinhados, desalinhados, volumosos, repicados, com tererê
Rosto
Formato
Oval, redondo, quadrado, longo, triangular (ou diamante), tipo coração
Testa
Formato
Reta, arredondada, em forma de “m”, em forma de ponta (ou pontiaguda), irregular, alta, baixa, larga, estreita, quadrada, arredondada, trapezoidal, cônica
Aspecto
Enrugada
Pálpebras
Formato
Normal, levantadas, caídas
Sobrancelhas
Formato
Arqueadas, curvadas, retas, arqueadas, angulosas
Cor
negras, loiras, ruivas, brancas
Disposição
finas, grossas, ralas, falhadas, penteadas, despenteadas, raspadas
Olhos
Tamanho
Grandes, pequenos, médios
Formato
Asiáticos (orientais), redondos, amendoados, fundos, caídos
Cor
Negros, castanhos, azuis, verdes, cinzentos, cor de mel
Disposição
separados, juntos, abertos, fechados, vesgos, estrábicos, saltados
Cílios
Tamanho
longos, curtos
Tipo
Naturais, artificiais (ou postiços), espessos (grossos), finos, espaçados (ralos)
Orelha / ouvido
Tamanho
Grandes, pequenas, médias
Formato
Élficas, arredondadas
Disposição
de abano, arqueadas, com implantação baixa
Outras características
peludas
Nariz
Tamanho
Grande, pequeno, médio
Forma
reto, pontiagudo, adunco (de falcão ou de bruxa), aquilino (ou romano), ondulado, achatado, afilado, arrebitado
Maçãs do rosto
Coradas, rosadas, enrubescidas, pronunciadas
Bigode
Tipo
Natural, postiço
Disposição
ralo, espesso, curto, grosso, fino, arqueado (para cima ou para baixo)
Barba
Tipo
Natural, postiça
Disposição
espessa, rala, cavanhaque, barbicha, bem feita, por fazer
Tamanho
longa, média, curta
Cor
branca, negra, ruiva
Forma
pontiaguda, retangular, trançada
Lábios
Tamanho
Grandes, pequenos, grossos
Tipo
compridos e finos, carnudos, enrugados, caídos, desiguais
Boca
Tamanho
Grande, pequena, média,
Disposição
aberta, fechada
Outras características
desdentada
Queixo
Formato
Fino, grosso, arrebitado, arredondado, quadrado, anguloso
Tamanho
grande, pequeno
Pescoço
Fino, grosso, largo, longo, curto
Ombros
Tipo
Grandes, pequenos, largos, estreitos, curtos, magros, fortes
Braço
Tamanho
Curto, comprido, longo
Espessura
fino, grosso, musculoso
Disposição
levantado, abaixado, flexionado, estendido
Antebraço
Punho
Mãos
Tamanho
Grandes, pequenas, muito grandes, muito pequenas
Aspecto
Lisas, crespas, enrugadas, gordas, magras, delicadas, calejadas
Posições
Espalmadas, abertas, fechadas, cerradas
Dedos
Tamanho
grandes, pequenos, curtos, longos, compridos
Espessura
Finos, grossos
Unhas
Formato
Finas, grossas, arredondadas, pontiagudas, quadradas
Tamanho
grandes, pequenas
Cor
amareladas, pintadas
Peitoral / tórax
Tipo
Largo, delgado, estreito
Seios
Tamanho
Grandes, médios, pequenos
Formato
pontiagudos, caídos, arredondados
Aspecto
rijos, macios, flácidos, murchos, enrugados
Mamilos
Tamanho
grandes, médios e pequenos
Cor
Claros, escuros
Barriga / abdome
Tamanho
grande, pequena, gorda, magra
Aspecto
rija, flácida
Umbigo
Cintura
Formato
Fina, larga, reta, grossa, larga, “de pilão”, “de barril”
Púbis
Vulva
Pênis
Escroto
Nádegas / bumbum
Tamanho
Grande, pequeno
Aspecto
flácido, rijo, cheio, seco
Coxas
Formato
Grossas, finas, grandes, bem definidas
Joelho
Pernas
Tamanho
Compridas
Formato
grossas, finas, curtas, arqueadas
Pés
Tamanho
Pequenos, grandes
Formato
largos, estreitos, compridos, magros, gordos
Objetos de adorno:
Óculos
Quadrados, com armação grossa, fina, com lente grande, óculos de aviador, óculos de mergulho, óculos de natação, óculos fundo de garrafa, monóculo, pincenê
De Arte
acrílica
água-forte
água-tinta
argila
Aquarela
carvão
cerâmica
desenho
escultura
fibra de vidro
fotografia
guache
gesso
grafite
gravura
gravura em metal
madeira
mosaico
mural cerâmico
óleo
pastel seco
pintura
porcelana
resina
tapeçaria
têmpera
terracota
tinta
vitral
xilogravura
Glossários de instrumentos musicais
A
Acordeão:
Aerofone de palheta dotado de fole e teclas.
Adufe:
Instrumento de percussão de membrana dupla, em formato quadrangular, resultado da influência árabe (duff). Também chamado de pandeiro.
Aerofone:
Categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido pela vibração do ar no (ou pelo) instrumento.
Afoxe:
Idiofone percutido, tradicional do Brasil e de origem africana. É constituído por uma cabaça rodeada por bolinhas (que podem ser de materiais diversos), ligadas por uma espécie de rede. Quando o executante as raspa contra a superfície da cabaça, produz o seu som característico.
Agogô:
Idiofone tradicional de ferro, entrou no Brasil por via africana. É constituído por duas campânulas de ferro, percutidas por uma vareta do mesmo metal.
Agogo de madeira:
Idiofone percutido de madeira constituído por dois blocos de madeira de diferentes tamanhos.
Arghul:
Aerofone de palheta simples constituído por dois tubos.
Aulos:
Aerofone de palheta (semelhante ao oboé), era o instrumento mais popular na Grécia antiga.
B
Bala:
Xilofone semelhante ao balafon.
Balafon:
Xilofone artesanal (constituído por placas de madeira ordenadas, de diversos tamanhos) e com cabaças de ressonância por baixo, tem diversos nomes conforme a região e o país africano: bala, balo, kponimbo, madimba, kundu, marimba, valimba, endara, shijimba, silimba, medzang, dyomoro, rongo, mbira, mutondo, mbila, timbila, balangui, akadinda, kalanba, ilimba, baza, dimba, madimba, dipela, elong, dzil.
Balalaica:
Cordofone de corpo triangular achatado, de madeira, com 3 cordas simples ou duplas dedilhadas.
Bandolim:
Cordofone dedilhado de 4 cordas duplas de metal de origem napolitana e muito usado na Itália e com tradições próprias em Milão, Génova e Sicília. Algo semelhante à guitarra no braço, cravelhas e trastos, o bandolim é tocado com um plectro que belisca as cordas.
Bandoneon:
Aerofone cromático de palhetas livres, inventado no século XIX e muito semelhante ao acordeão.
Bandurra:
Cordofone dedilhado, a bandurra, hoje rara, é também conhecida por viola beiroa.
Banjo:
Cordofone dedilhado, com caixa redonda e braço comprido, foi criado por afro-americanos e é típico da música "country" norte-americana. O número de cordas é variado.
Bateria:
Conjunto de instrumentos de percussão, tambores e címbalos, com diferentes tamanhos e timbres, dispostos de modo a serem tocados por um só músico.
Bazuki:
Instrumento de oito cordas originário da Grécia, com caixa de ressonância semelhante à do bandolim, por vez ricamente ornamentada.
Bendir:
Membranofone com origem no Norte de África, designadamente em Marrocos. É uma espécie de tamborim, com cordas esticadas no interior, junto à pele.
Berimbau:
Instrumento de percussão em forma de arco retesado por um arame e uma pequena cabaça de ressonância. A corda percute-se com uma pequena vara.
Bhaya:
Tambor indiano que, com a daina, constitui a tabla.
Biwa:
Cordofone japonês algo semelhante ao alaúde.
Bombo:
Instrumento de percussão grande constituído por duas membranas, uma de cada lado da caixa. Geralmente é tocado na posição vertical. É um dos instrumentos utilizados no programa das festas populares de Portugal. Tambor cilíndrico de som grave.
Bongó:
Instrumento de percussão de origem afrocubana, de sonoridade profunda, constituído por dois tambores ligados, tocados entre os joelhos.
Braguinha:
Instrumento tradicional madeirense de 4 cordas afinadas em Ré.
Brinquinho:
Idiofone tradicional da Ilha da Madeira.
Búzio:
“Conch shell" em Inglês, é ainda bastante utilizado na China como instrumento musical e para anunciar o início das celebrações religiosas.
C
Cabaça:
Instrumento de percussão semelhante ao afuche brasileiro.
Caixa de rufo:
Instrumento de percussão que se encontra em vários estilos musicais, na música popular, no jazz e na música clássica. É um tambor cilíndrico de membrana dupla.
Campaniça (viola alentejana):
Cordofone dedilhado.
Castanholas:
Idiofone de madeira, (com formato algo semelhante às castanhas), de plástico ou outro material, composto de duas partes côncavas que batem uma na outra. Há também castanholas com cabo.
Castanholas da Tabua:
Idiofone tradicional da Ilha da Madeira.
Castanholas de cabeça de cão:
Idiofone tradicional da Ilha da Madeira.
Caxixi:
Instrumento tradicional brasileiro usado na "capoeira", é constituído por um cesto de vime em forma de chocalho encerrado no fundo uma cabaça que contém sementes.
Celesta:
Idiofone de teclado, é exteriormente parecido com um piano vertical ou um harmónio.
Charango:
Cordofone dedilhado tipicamente sul-americano.
Ch'in:
Espécie de cítara chinesa de 7 cordas, agrupado entre os instrumentos de seda, utilizado para acompanhar a meditação.
Chicote:
Instrumento tradicional de percussão, português, constituído por duas pequenas tábuas de madeira que batem uma contra a outra, lembrando a sua sonoridade o estalar de um chicote.
Chincalho:
Idiofone que se apresenta em formatos bastante variados, constituído basicamente por chapas metálicas que batem entre si quando o executante movimenta o instrumento.
Chiquitzi:
Palavra shangana (Moçambique) que designa um chocalho de mão constituído por uma caixa feita de caniço fino e sementes ou pequenas pedras no interior.
Chitata:
Idiofone beliscado feito de lâminas de metal presas numa ponta a uma caixa de ressonância de madeira (Moçambique).
Chocalho:
Campaínha colocada pelos pastores ao pescoço das ovelhas, cabras ou vacas.
Cholgo:
Tambor coreano usado nos templos.
Chu:
Tambor retangular chinês
Cítara:
Cordofone dedilhado, a cítara é um instrumento histórico com sonoridade aparentada à harpa.
Clarim:
Aerofone de metal que existe nas grandes orquestras e têm uma sonoridade muito pura e Arilhante.
Clarinete:
aerofone de madeira de palheta simples constitui, com o fagote, os fundamentos do grupo das madeiras na orquestra.
Clavas:
Também chamadas "pausinhos", são idiofone de madeira.
Clavicórdio:
Instrumento predecessor do piano, é o mais antigo cordofone de tecla.
Concertina:
Aerofone dotado de fole e palheta livre muito popular em Portugal. Instrumento da família do acordeão.
Conga:
Membranofone muito utilizado no Caribe. É um tambor alto com sonoridade grave, de altura regulável. Pode ser tocada com os dedos e as mãos.
Contrabaixo:
O maior dos cordofones de arco, muito utilizado na Música Clássica, em orquestras, e no Jazz, podendo ser tocado com ou sem arco.
Copofone:
Instrumento que surgiu na Europa no século XVII, provavelmente inspirado nos instrumentos asiáticos constituídos por taças metálicas ou de porcelana.
Cordofone:
Categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido por cordas esticadas.
Corne inglês:
Aerofone da família do oboé, de palheta dupla também. Embora seja maior e mais grave que o oboé.
Cravo:
Cordofone de tecla, teve o seu período áureo no Barroco.
Crescente turco:
Trata-se de um idiofone feito de objetos (campaínhas, correntes) que chocalham juntos, obtendo-se assim um som mais forte.
Cristalofone:
Idiofone de cristal.
Crótalos:
Idiofone de metal, consiste em pares de pequenos címbalos de metal utilizadosados muitas vezes para acompanhar a dança.
Cuíca:
Membranofone de friccão tradicional do Brasil muito usado no Carnaval. Tem a forma de um tambor, mas tem uma varinha encostada à pele, no interior. É a fricção da vara que produz o seu timbre inconfundível.
Cumbus:
Membranofone clássico da Turquia, é um instrumento relativamente jovem, desenvolvido por Zeynel em Istambul por volta de 1900.
D
Daina:
Membranofone que, juntamente com a bhaya, constitui a tabla.
Damaroo:
Membranofone da Índia.
Darbuka:
Membranofone árabe.
Davul:
Bimenbranofone turco do tipo tambor grave.
Didgeridoo:
Aerofone aborígene da Austrália feito a partir de um tronco de árvore, podendo atingir 2 metros de comprimento. É uma espécie de trompa que exige muita força.
Dilruba:
Cordofone da Índia, é um instrumento clássico da música indiana, partilhando as origens do sarangi, mas nascido apenas no século XIX.
Dimba:
Xilofone nativo do Congo.
Dizi:
Flauta travessa chinesa.
Djembe:
Membranofone de origem africana, designadamente de Guiné, pertencente à família dos tambores de taça. Tem um corpo de madeira esculpido em forma de cálice, com esticadores a toda a volta.
Duff:
Tambor árabe em formato quadrangular que está na origem do adufe da Beira Baixa.
Dulcimer:
Cordofone norte-americano utilizado pelos índios dos Montes Apalaches, levado por europeus. As suas origens encontram-se provavelmente nas regiões que correspondem ao Irão e ao Iraque. É uma caixa de madeira achatada que pode ter até cem cordas.
Dung cheng:
Trompa do Tibete constituída por diversos elementos, podendo atingir 4 metros ou até mais.
Dutar:
Instrumento de corda originário da China, dotado de duas cordas e caixa de ressonância em forma de pera.
E
Ektara tenor:
Cordofone indiano, é constituído por uma caixa de ressonância redonda e um longo braço sobre o qual se pressionam as duas cordas obtendo diferentes sons.
Electrofone:
Categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido por meios eletrônicos.
Espineta:
Cordofone de teclado, é como que uma versão mais pequena do cravo. Foi muito importante no Período Barroco. Em França, tornou-se popular a partir do séc. XV.
Eufónio:
Do grego através do latim euphonium, é um aerofone de metal, aparentado à tuba, sendo também chamado bombardino.
F
Fagote:
Aerofone de madeira bastante grave que tem palheta dupla e um tubo cónico com cerca de 2,4 metros.
Fídula:
Palavra italiana que designa um cordofone antigo em registo grave. Aparece também com os nomes de fiddle, lyra, lira e geige (alemão).
Flauta de bisel:
Aerofone constituído por um tubo cilíndrico com diversos orifícios e um bocal com apito no qual se sopra diretamente.
Flauta de Pan:
Aerofone constituído por canas ou tubos cilíndricos de tamanhos diferentes. Os antigos gregos chamavam-lhe "syrinx". É um instrumento típico dos Andes e do Perú.
Flauta transversal:
Aerofone. Jean-Pierre Rampal e James Galway são nomes mundialmente reconhecidos como flautistas.
Flejguta:
Aerofone, flauta de cana de Malta.
Flexatone:
Instrumento de percussão moderno feito de metal, com uma folha de metal fina e uma pega de arame grosso.
Fliscorne:
Aerofone de metal, provido de válvulas. É um instrumento semelhante à trompete, mas tem uma tubagem mais larga.
G
Gaita de foles:
Aerofone dotado de fole, um saco para onde o tocador sopra. Com o braço, o ar é empurrado através de um tubo para as gaitas, produzindo o som.
Gamelão:
Conjunto indonésio de instrumentos de percussão como o Kendang, o saron e o bonang, gongos, xilofones, metalofones, címbalos e flautas.
Genebres:
Idiofone constituído por uma série de paus redondos maciços, de tamanhos crescentes, enfiados numa tira de couro, formando colar.
Ghaita:
Aerofone de palheta dupla do Norte de África usado pelos encantadores de serpentes. Al ghaita ou al ghaida designa um instrumento semelhante ao surnay, uma espécie de oboé.
Glockenspiel:
Metalofone feito de barras metálicas retangulares, organizadas em duas filas. As baquetas podem ser feitas de diferentes materiais, conforme as exigências da partitura: plástico, madeira, osso, borracha dura ou metal.
Gongo:
Idiofone percutido originário da China, é constituído por um disco metálico (cobre, bronze ou latão), suspenso por uma corda atada a dois pontos da orla.
Grilinho:
Idiofone tradicional da Ilha da Madeira.
Guitarra espanhola:
Também chamado "guitarra clássica", é um cordofone dedilhado, com seis cordas de nylon e caixa de cedro, castanheiro ou carvalho.
Guitarra Portuguesa:
Cordofone com seis cordas duplas de metal, tocado com uma espécia de unhas postiças.
Gumbri:
Cordofone árabe.
Gu-zheng:
Instrumento tradicional chinês de 21 (ou mais) cordas.
H
Harmónica de vidro:
Idiofone de fricção criado por Benjamin Franklin em 1761. É constituído por uma série de taças de vidro de diferentes tamanhos.
Harmónio:
Órgão de palhetas, "parente pobre" do órgão de tubos, é aerofone de tecla, dotado de fole e palhetas.
Harmónio indiano:
Aerofone de tecla que não é originário da Índia mas se baseia no órgão de palhetas (harmónio) levado pelos europeus no século XIX.
Harpa:
Cordofone dedilhado.
Harpa celta:
Cordofone dedilhado, verdadeiro símbolo da Irlanda, é uma pequena harpa de 24 a 34 cordas e cerca de 1,5 metros de altura.
Hsiao:
Aerofone tradicional da China.
Hsuan:
Aerofone chinês feito de argila, aparentado à ocarina.
Hu-ch'in:
Cordofone tradicional da China.
I
Idiofone:
Categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido pelo próprio corpo do instrumento, sem estar esticado. Os idiofones podem ser de percussão e terem conjuntos de corpos vibrantes, como os xilofones, metalofones, litofones, cristalofones, ou serem apenas um corpo vibrante como os ferrinhos (triângulo), o gongo ou o sino. Podem ser idiofones percutidos, quando se bate com uma baqueta ou a própria mão; percussivos, se o próprio instrumento bate numa superfície dura; concussivos, quando se trata de dois corpos iguais ou semelhantes, como os pratos ou as castanholas. Além dos idiofones de percussão, há os de agitamento formados por recipientes com pequenos grãos, como as maracas; de raspagem, se uma parte raspa a outra (reco-reco); beliscados (quando se belisca as suas lâminas ou arame, no caso da sansa ou do berimbau); idiofones friccionados, se o som é produzido pela fricção do corpo vibrante (harmónica de vidro).
Instrumento:
Termo que designa todos os dispositivos capazes de produzir sons utilizáveis na execução de música.
J
Jingle stick:
Chincalho, idiofone de agitamento.
K
Kalangu:
Membranofone africano.
Kalimba:
Idiofone beliscado dotado de lâminas de metal presas numa ponta a uma caixa de ressonância de madeira. É originário do Zimbabwe, e semelhante ao "sansa" do Zaire. Há kalimbas soprano e contralto.
Kazoo:
O kazoo ou mirlitão é um membranofone soprado, constituído por uma membrana que entronca na extremidade inferior de um pequeno tubo de metal ou de plástico.
Kinnor:
Cordofone que aparece referido várias vezes na Bíblia, sendo chamado harpa de David. É um instrumento de 10 cordas parecido com a lira.
Koka zvana:
Conjunto russo de sinos suspensos feitos de madeira.
Kora:
Cordofone africano do Senegal com caixa de cabaça e pele esticada, com braço de madeira, duas pegas e cordas de nylon dedilhadas.
Koto:
Cordofone dedilhado japonês de treze cordas dedilhadas e caixa na horizontal com cerca de 1,8 metros. Originário do Qin chinês, foi introduzido no Japão por músicos chineses e coreanos no séc. VII.
Ku:
Membranofone chinês.
Kuan-tzu:
Aerofone tradicional da China.
Ku-ch'in:
Cordofone tradicional chinês.
Kuvikli:
Flauta russa constituída por tubos de diferentes tamanhos, à semelhança da flauta de Pan.
L
Lira:
Cordofone dedilhado com formato bastante característico, dois braços verticais de madeira, ligados a uma caixa de ressonância, em baixo, e a uma travessa, em cima.
Lira africana:
Cordofone dedilhado, é um instrumento muito antigo e construído de modo bastante rudimentar.
Litofones:
Pedras sonoras de diferentes tamanhos, em forma de barras dispostas como as dos xilofones, ou então em placas suspensas.
M
Machete:
Instrumento tradicional madeirense de 4 cordas afinadas em Ré.
Maraca:
Idiofone constituído por uma cabaça seca e oca, um coco ou outro material com sementes.
Maribao:
Termo brasileiro que designa um idiofone beliscado feito de lâminas de metal presas numa ponta a uma caixa de ressonância de madeira.
Marimba:
O termo pode designar o xilofone artesanal também chamado balafon. A marimba usada na orquestra é uma espécie de xilofone grave, cujas barras de madeira são obviamente mais compridas e grossas. Além disso, tem tubos de ressonância.
Mbira:
Instrumento africano de carácter religioso constituído por cerca de 22 a 28 placas metálicas sobre uma pequena caixa de madeira, tocadas com os dedos do executante
Melódica:
Aerofone de tecla criado pela empresa alemã Honner por volta de 1950. Outros fabricantes deram-lhe nomes diferentes como piano de bolso, melodião ou pianica.
Membranofone:
Categoria de instrumentos musicais cujo som é produzido por uma ou mais membranas esticadas.
Mirlitão:
Conjunto de instrumentos e brinquedos sonoros em que uma membrana vibra por simpatia, ampliando e distorcendo os sons produzidos pela voz.
Mizmar:
Aerofone de palheta dupla dotado de sete orifícios, tradicional do Egito e do Próximo Oriente.
Mongolo:
Cordofone que os russos chamam dômra e que tem uma caixa de ressonância arredondada, braço alongado e cordas metálicas, sendo usado plectro na sua execução. A dômra pode tocar a solo, em pequeno agrupamento instrumental e em orquestra.
N
Naqqara:
Tambor árabe que talvez esteja na origem dos timbales usados na Europa.
Nevel:
Cordofone referido várias vezes na Sagrada Escritura, no Antigo Testamento. É citado pelo Livro dos Salmos (Salmo 92, 3), Isaías 5, 12 e Daniel 3, 5.
Nikkelen Nelis:
Conjunto de instrumentos de percussão constituído por tambores, címbalos e campainhas, no topo, tocado por um homem-orquestra que aciona vários pedais, na base do instrumento.
O
Oboé:
Aerofone de madeira, de palheta dupla. A palavra deriva do francês "hautbois".
Ocarina:
Aerofone. A palavra, italiana, significa literalmente "pequeno ganso". Trata-se de um instrumento de cerâmica da família das flautas globulares, geralmente ovais, com orifícios e embocadura.
Ocarinas arcaicas:
Aerofone arcaico do México. As ocarinas e os apitos de osso são instrumentos pré-históricos.
Orff (instrumental):
Lâminas, instrumentos de percussão de altura definida cujo nome está ligado ao compositor e pedagogo alemão Carl Orff.
Órgão de tubos:
Aerofone de teclado constituído por diferentes tubos, um ou mais teclados e pedaleira, fole, someiro, manúbrios e outros elementos que permitem a chegada do ar aos tubos e a obtenção de sonoridades pretendidas.
Órgão de tubos antigo:
Aerofone de teclado, dotado de fole.
P
Pandeireta:
Instrumento de percussão híbrido formado por uma pele sobre armação cilíndrica com fendas atravessadas por eixos e discos metálicos na ilharga.
Pandeiro arábico:
Membranofone constituído por uma membrana sobre armação circular pouco funda que produz pouca ressonância.
Pau-de-chuva:
Idiofone constituído por um tubo de plástico ou de madeira contendo grãos ou pequenas bolas que, ao cairem quando o tubo é colocado na vertical, imitam o som da chuva.
Piano de cauda:
Cordofone de teclado com maior capacidade sonora que o piano vertical. No século XIX, a armação de ferro fundido contribuiu para aumentar a tensão das cordas, produzindo-se um som mais cheio.
Piano digital:
Electrofone de tecla que imita sons de pianos acústicos sendo economicamente mais acessível.
Piano vertical:
Cordofone de tecla, cujas origens remontas se encontram no saltério. É constituído por um teclado, cordas com espessuras e comprimentos diversos, martelos que batem nas cordas, abafadores e pedais.
P'ip'a:
Espécie de alaúde chinês, é um cordofone dedilhado de 4 cordas de seda ou nylon e caixa de pauvlónia em forma de pera.
Pien-ch'ing:
Litofone chinês constituído por 16 pedras em forma de L, todas com o mesmo tamanho mas com espessura e dureza diferentes.
Pien-chung:
Conjunto chinês constituído por sinos de diferentes tamanhos.
Pivana:
Aerofone corso feito de corno de cabra, algo semelhante ao "shofar" hebraico.
Pratos:
Sinónimo de címbalos, é um idiofone concussivo provavelmente originário da Mesopotâmia a partir de onde se expandiu para outras regiões.
Q
Quanum:
Cordofone árabe.
Qin:
Cítara chinesa que remonta a mil anos antes de Cristo.
Quissange:
Instrumento angolano constituído por pequenas barras de metal de diversos tamanhos, presas a uma base de madeira e tocadas pelos dedos polegares.
R
Rabeca:
Cordofone friccionado de arco semelhante ao violino e muito usado ainda em Cabo Verde. É a correspondente europeia do rebab islâmico.
Rabel:
Instrumento de corda friccionada muito frequente no Norte da Península Ibérica.
Rajão:
Instrumento tradicional madeirense de 5 cordas com afinação reentrante.
Rebâb:
Designação genérica de antigos cordofones friccionados de arco antigos do Norte de África e do mundo islâmico. Tinha apenas duas cordas e um corpo pequeno em forma de pera.
Reco-reco:
Idiofone tradicional com formas muito variadas, pertence à família dos idiofones de raspagem. Uma vara de madeira mais fina raspa a parte que tem saliências, produzindo-se um timbre característico. Há reco-recos de plástico, madeira, de metal e mistos.
Rombo:
Instrumento muito antigo, já presente na Idade da Pedra, constituído por uma lâmina de metal ou de madeira que produz uma sonoridade característica, conforme gira com maior ou menor velocidade sobre si própria.
S
Sanfona:
Cordofone originário da Idade Média. As suas cordas são calcadas por um disco giratório, e não friccionadas. Chegou a ser uma espécie de parente pobre do órgão de tubos, substituindo-o nas igrejas que não podiam ter órgão.
San-ksien:
Cordofone tradicional da China.
Sanza:
Idiofone beliscado feito de lâminas de metal presas numa ponta a uma caixa de ressonância de madeira. É originário do Zaire, mas aparece com nomes diferentes em outros países africanos.
Sanshin:
Cordofone dedilhado do Japão, com 3 cordas, caixa forrada a pele e braço bastante alongado. Tornou-se muito popular no Japão no século XIX.
Santur:
Instrumento de cordas tendidas horizontalmente que são percutidas com dois finos martelinhos de madeira esculpida, pode ser considerado um parente longínquo do piano. É um instrumento difícil e delicado que exige virtuosismo. O santur iraquiano difere um pouco do iraniano e do grego: tem mais possibilidades sonoras, com os seus 23 a 25 grupos de cordas "irmãs"; conforme os músicos, cada grupo pode ter 3, 4 ou mesmo 5 cordas.
Sarangi:
Cordofone friccionado por um arco, muito utilizado na música clássica indiana, podendo tocar a solo ou acompanhar cantores.
Saung:
Considerado instrumento musical nacional de Burma (Myanmar) é um instrumento de corda aparentado à harpa.
Sarronca:
Membranofone tradicional e rudimentar, é constituído por um cântaro de barro que funciona como caixa de ressonância, uma pele que tapa a boca do vaso e um pau fino que trespassa a pele e, ao friccioná-la produz um som grave.
Saxofone:
Aerofone de palheta simples inventado por Adolph Sax. Charlie Parker, John Coltrane e Stan Getz são nomes famosos de saxofonistas.
Senza:
Família de instrumentos feitos de lâminas de metal.
Serpentão:
Datado do século XVI, o serpentão é um instrumento de sopro da família dos metais, com bocal e corpo longilíneo e serpenteado, (de onde lhe vem o nome).
Serouba:
Membranofone, conjunto de instrumentos de percussão que podemos encontrar na Áfica Central e Ocidental.
Shakuhachi:
Aerofone japonês, é uma flauta de bambu cujo tubo é aberto nas extremidades e mede cerca de 55 cm. Foi levado da China para o Japão em 935, por sacerdotes budistas.
Sheng:
Aerofone chinês de boca, formado por 17 tubos (canas de bambú), remonta provavelmente a 3000 anos a. C. Era constituído por uma câmara de vento (à qual estavam ligados tubos de babú) para cujo interior o músico soprava.
Shô:
Órgão de boca japonês que resulta da introdução na corte japonesa, no século VIII, de uma espécie de sheng chinês.
Shofar:
Aerofone da antiguidade bíblica. A palavra hebraica significa "corno de carneiro". É um instrumento de sopro rudimentar.
Sinos tubulares:
Este instrumento também chamado carrilhão de orquestra, é constituído por um conjunto de tubos de metalde tamanhos graduados mas com o mesmo diâmetro. Têm dois orifícios numa extremidade, pela qual estão estão suspensos de uma estrutura.
Sitar:
Cordofone muito popular no Norte da Índia, pode ter de três a sete cordas e é acompanhado muitas vezes pelas tablas.
Skrabalas:
Idiofone de madeira que podemos encontrar na Rússia e na região do Báltico.
Soduang:
Cordofone de arco, dotado de duas cordas, utilizado na Coreia.
So-na:
Aerofone de palheta dupla, tradicional da China.
Sousafone:
Aerofone de metal que deve o seu nome ao norte-americano de ascendência lusa John Philipp de Sousa, célebre compositor de marchas.
Surdo:
Bimembranofone de grandes dimensões, é originário do Brasil e fundamental no samba. A caixa pode ser de metal ou de madeira. O seu som grave atravessa qualquer parede.
T
Tambor:
Subcategoria de membranofones que pode ter uma ou duas membranas com formatos muito diversificados, cilíndrico, longo, cónico. Podem ter forma de ampulheta, de taça ou de barril. A sarronca é um tambor de fricção, dado que a membrana é posta em vibração por um pau.
Tantã:
Idiofone percutido metálico, o maior dos gongos. É tocado com uma baqueta forrada a couro ou feltro.
Tyba:
Cordofone do Vietnam tocado com um plectro na mão direita que raspa as cordas para cima e para baixo rapidamente.
Tabla:
Membranofone duplo indiano, composto por um tambor cónico e outro cilíndrico.
Ti:
Aerofone de madeira, tradicional da China.
Timbales:
Subgrupo dos tambores, que se distinguem pelo seu formato hemisférico e o som mais definido que os outros tambores.
Tímpanos:
Também chamados timbales, têm aproximadamente a forma hemisférica, feitos de cobre, com uma membrana no cimo da caixa. Afinam-se através de um pedal.
Tiorba:
Alaúde baixo, é um cordofone que surgiu na Idade Média e gozou, durante dois séculos, de grande popularidade na Europa.
Triângulo:
Idiofone metálico percutido, também chamado "ferrinhos", possui um som penetrante, sendo utilizado na música tradicional e na própria música erudita. Consiste num ferro em forma triangular, aberto, no qual se bate com um pequeno ferro. É suspenso de uma corda, e enquanto uma mão sustenta o triângulo, a outra faz a percussão.
Trompa:
Aerofone de metal que possui um tubo cilíndrico ou cónico, com bocal e pistões.
Trompa alpina:
Aeorofone rectilíneo tradicional dos Alpes suíços, com mais de um metro de comprimento, terminando numa campânula ligeiramente virada para cima.
Trompete:
Aerofone de metal.
Tsenatsil:
Idiofone de agitamento aparentado ao sistro, usado nas cerimónias da igreja copta, na Etiópia.
Tuba:
Aerofone de metal, dotado de um tubo largo e válvulas, é o maior e o mais grave da secção de metais da orquestra.
U
Ud:
Também chamado barbat, é cordofone dedilhado originário do Norte de África, com braço curto e caixa de ressonância em forma de pêra, sendo as costas abauladas.
Uffataha:
Flauta africana.
V
Vibrafone:
Idiofone de altura definida, constituído por barras de metal de tamanhos diferentes que têm, cada uma, um tubo de ressonância. Pode ser tocado por duas, três ou quatro baquetas.
Vihuela:
Cordofone aparecido em Espanha por volta do século XIII, a vihuela foi um instrumento muito utilizado pelos trovadores.
Vina:
Cordofone indiano muito antigo com duas caixas de ressonância feitas de cabaça, tocado por um plectro de metal.
Viola da Gamba:
Antigo cordofone de arco, semelhante ao violoncelo e tocado entre os joelhos, na vertical.
Viola de arame:
Instrumento tradicional madeirense de 10 cordas afinadas em ré.
Violeta:
Cordofone friccionado, também chamado viola ou viola de arco. Entre os executantes mais conecidos encontram-se Victor Lalo, Paul Hindemith, Yuri Brashmet.
Violino:
Cordofone friccionado, é o mais pequeno dos instrumentos de arco da orquestra e do quarteto de cordas. Niccolò Paganini, David Oistrakh, Yehudi Menuhin, Isaac Stern Anne-Sophie Mutter e Nigel Kennedy são alguns dos intérpretes mais conhecidos.
Violoncelo:
Cordofone de arco tocado entre os joelhos na vertical, é maior do que o violino e a viola de arco, embora tenha uma forma semelhante.
Virginal:
Cordofone de tecla com origem no saltério, é conhecido em Inglaterra desde 1460. Os virginais eram instrumentos magnificamente decorados.
W
X
Xilofone:
Idiofone de altura definida que faz parte do instrumental Orff. É constituído por pequenas tábuas de madeira de tamanhos diferentes. As baquetas podem ser de madeira, borracha, ou plástico, ou fio.
Y
Yueh-ch'in:
Cordofone tradicional da China com caixa de ressonância redonda, de madeira e quatro cordas.
Z
Zafzafa:
Membranofone de fricção de Malta.
Zambomba:
Tambor de fricção espanhol semelhante à sarronca, muito usado na época natalícia.
Zaqq:
Gaita-de-foles de Malta, aerofone.
Zil:
Idiofone árabe constituído por pequenos pratos de cobre tocados por bailarinos designadamente.
Zummara:
Aerofone de palheta dupla de origem árabe, é uma espécie de pequeno clarinete duplo feito de bambú. Encontra-se em Malta. Em outras regiões é também conhecido por "mejwes".
Zurna:
Aerofone de palheta dupla assim chamado na Turquia, Irão e Curdistão, de características semelhantes ao "mizmar".
Zurna
Glossário de armas:
Abas do Carregador: Lábios de alimentação situados na parte superior do carregador, que posicionam e guiam o Cartucho para que o mesmo seja conduzido à câmara da arma.
Abater: Ato de matar a caça; em inglês "To kill".
Abertura: Fenda; nome dado ao orifício da alça de mira; em inglês "Aperture".
Abrir a Boca: Ato de se efetuar o flangeamento ou abertura, feito na boca do estojo, normalmente quando de sua passagem pelo 2º die, para facilitar a colocação do projétil durante o processo de recarga.
Acabamento a Óleo: Método de proteção aplicado às peças de madeira (coronha e telha) de uma arma, feito à base de óleo, normalmente de linhaça, o qual substitui o verniz, proporcionando uma mais fosca; em inglês "Oil Finish".
Acabamento Fosco: Veja "Acabamento Mate".
Acabamento Mate: Método ou processo de proteção semi-brilhante ou fosco aplicado nas peças metálicas de uma arma, para a proteção da mesma. Veja "Acabamento"; em inglês "Mate Finish".
Acabamento: Processo de proteção ou revestimento aplicado a uma arma e seus componentes, com efeito cosmético ou de proteção, consistindo na de compostos químicos que retardam ou impedem a ação abrasiva ou oxidante, além de proporcionarem melhor visual às peças; em inglês "Finish".
Ação de Ferrolho: Sistema de funcionamento de fuzil ou carabina consistindo de um tubo (caixa de culatra) que recebe o ferrolho cilíndrico com uma "orelha" ou haste, o qual insere a munição na câmara do cano, para a seguir fechar o mecanismo e se efetuar o disparo; em inglês "Bolt Action".
Ação de Trombone: Sistema operacional de armas de repetição no qual o mecanismo é operado pelo deslocamento manual da "telha" da arma, que é móvel, e a cada movimento efetua a carga, ejeção e remuniciamento; em inglês "Pump Action".
Ação Dupla: Sistema que permite que as armas de mão que possuem este sistema possam ser acionadas sem antes ter que se engatilhar o cão. O gatilho exerce duas funções, a saber: engatilha a arma e libera o cão; em inglês "Double Action".
Ação Simples: Tipo de ação, na qual é necessário que o cão seja armado para se efetuar o primeiro disparo; Sistema de ação de revólver, que precisa que o cão seja armado manualmente a cada tiro para poder disparar; em inglês "Single Action".
Ação: O mecanismo que faz a arma funcionar, pelo qual a mesma é carregada, disparada e descarregada. Dentre os diversos tipos de ação citamos : "Single Shot" (Monotiro), "Multi Barrels" (Vários canos), "Slide" ou "Pump-Action" (Ação de trombone), "Lever- Action" (Ação por alavanca), "Bolt Action" (Ação por ferrolho), Semi- Auto e Automática; em inglês "Action".
Aceleração de Coriolis: Fenômeno decorrente do movimento de rotação da terra e o desvio por ele acarretado quando da visada, obrigando a uma correção que é feita no cálculo da trajetória de projéteis militares de longo alcance.
Aceleração: Terminologia utilizada para expressar o aumento gradual da velocidade do projétil; em inglês "Aceleration".
Acetinado: Sistema utilizado para acabamento das superfícies metálicas de uma arma, no qual a mesma é tratada com processo de jateamento de micro esferas de vidro, para a seguir sofrer banho eletrolítico ou oxidação; em inglês "Satin Finish".
Ackley: (abrev.) Parker Oliver Ackley. Terminologia utilizada para identificar os calibres desenvolvidos por Parker Oliver Ackley, famoso Inventor e armeiro norte americano, eternizado pelo desenvolvimento de calibres especiais "Wildcats" e de canos especiais para armas.
Aço Carbono: Liga de aço, com alto teor de carbono em sua composição, cuja principal característica é sua alta dureza; em inglês "Carbon Steel".
Aço Damasco: Combinação de 2 ou mais tipos de aço, unidos por caldeamento. Utilizado antigamente na fabricação de canos de Armas de Fogo e brancas. Tem esta denominação pois foi na cidade síria de Damasco, durante as Cruzadas, que os europeus tiveram contato com ele; em inglês "Damascus Steel".
Aço Inox: (abrev.) Aço inoxidável.
Aço inoxidável: Aço feito com liga de metais, normalmente níquel e molibidênio, que proporcionam grande resistência à ferrugem e à corrosão; em inglês " Stainless Steel".
Aço temperado: Aço que sofreu o processo de Têmpera; em inglês "Tempered Steel".
Aço: Liga metálica composta de ferro e carbono, podendo também possuir outros elementos químicos além destes; em inglês "Steel".
ACP: (abrev.) Automatic Colt Pistol; Terminologia utilizada para definir a munição utilizada em pistolas semiautomáticas desenvolvidas pela Colt ou que utilizam seu sistema. Exemplo:.45 ACP, .32 ACP.
Acurado: Exato, certo, preciso, que tem precisão; em inglês "Accurate".
Acurizar: Anglicismo, tradução direta do termo "To Accurize: Ato de efetuar modificações no mecanismo das partes que se movem numa arma, visando melhorar a precisão da mesma.
Acusar o Tiro: Terminologia militar utilizada para o Atirador precisar o ponto para o qual estava dirigindo a pontaria no momento exato do disparo; o mesmo que "Cantar o Tiro" ; em inglês "To Call the Shot".
Adaga: Arma branca mais larga e maior que o punhal, com gume em ambos os lados da lâmina; em inglês "Dagger".
Adaptador de Cano ou Tubo Redutor: Segmento de cano de arma, acoplado dentro de um cano original de arma de maior calibre, para permitir o uso de munição de calibre menor.
AE: ( abrev.) Action Express Exemplo: .41 AE, .50 AE;
AE: (abrev.) Automatic Ejectors - Ejetores Automáticos.
Afiar: Ato de dar fio, gume, corte, através de processo abrasivo. Ato de amolar instrumento cortante.
Ajustavel: Que possui condições de ser ajustado ou regulável, normalmente referindo-se aos sistemas de pontaria; em inglês "Adjustable".
Ajuste de Tiros: O processo de regulagem de uma arma de dois canos, a fim de que ambas tenham o mesmo ponto de impacto; refere-se também à regulagem do conjunto de alça e massa de mira de uma arma.
Ajuste Interno: Sistema pelo qual o retículo da luneta de pontaria pode ser ajustado para uma distância específica, seja na correção da altura ou lateral. Os ajustes são feitos através de parafusos localizados ao lado e em cima da luneta.
Ajuste Lateral: Ajuste efetuado no sistema de miras para corrigir eventuais desvios de visada decorrentes de ventos ou alinhamento da mira em relação ao eixo do cano. O mesmo que regulagem em azimute.
Alavanca de Carga: Alavanca situada abaixo do cano dos revólveres de antecarga, cuja finalidade é colocação e assentamento dos projéteis de chumbo, no momento da carga das câmaras do tambor; em inglês "Lever".
Alavanca, Sistema de: Sistema operacional de armas de repetição, no qual uma alavanca colocada junto ou até servindo de guarda-mato, efetua a carga, disparo e remuniciamento; em inglês "Lever Action".
Alavanca: Peça que abre e fecha o mecanismo ou ação, numa arma de sistema de alavanca; em inglês "Lever".
Albata: Prata Alemã ou Alpaca, liga metálica imitando a prata, composta de 40% de cobre, 32% de zinco e 8% de níquel, utilizada nas armas finas européias preencher entalhes, gravações e fazer efeitos decorativos.
Alça de Mira: Dispositivo situado na parte posterior de uma arma destinado a permitir a visada ou pontaria num alvo pré-determinado. É Fixa quando não pode ser deslocada para correção horizontal ou vertical e Regulável quando pode ser deslocada em ambos os sentidos, permitindo a correção da visada em relação ao ponto de impacto no alvo; em inglês "Rear Sight".
Alça em Branco: Terminologia militar para definir a menor graduação existente na alça de mira de uma arma; em inglês: "Battle Sight".
Alcance Máximo: Distância maior que determinado projétil pode alcançar ou em que perde sua energia cinética. O alcance máximo depende das características balísticas de cada cartucho, do comprimento do cano da arma e do ângulo em que o disparo foi efetuado.
Alcance Útil/Eficaz: Distância na qual um projétil ainda pode ter eficácia ou poder letal.
Alcance: Distância compreendida entre a origem do tiro e o ponto de queda do projétil.
Álcool: Composto orgânico destilado, produzido pela fermentação de cereais ou madeira, normalmente utilizado como solvente no preparo de vernizes protetores de coronhas e cabos de madeiras.
Aleta: Rebarba encontrada na superfície lateral de projéteis fundidos, devido ao mau fechamento ou folga entre as laterais dos moldes por ocasião da fundição; em inglês:
Alfazeme: Armeiro, aquele que fabrica espadas; cuteleiro.
Alimentação: Modo pelo qual os cartuchos são introduzidos na câmara de uma arma. Pelo sistema de alimentação, uma arma pode ser: de Repetição, quando o cartucho é levado à câmara por uma manobra mecânica do Atirador;
Semi-Automática, quando o cartucho é levado à câmara por ação mecânica ou por auxílio dos gases, havendo necessidade de que o gatilho seja aliviado e novamente pressionado, para continuidade dos disparos; Automática, quando os cartuchos vão sendo introduzidos na câmara e disparados até que a munição se esgote ou se alivie a pressão sobre o gatilho.
Alimentar: Processo de levar o estojo do carregador para a câmara da arma.
Alinhamento: Ato de se fazer a linha de visada entre a alça de mira, massa de mira e o alvo.
Alinhar miras: Ato de se fazer o alinhamento da linha de visada entre a alça de mira, massa de mira e o alvo.
Alma Lisa: Cano de arma com alma ou interior sem raiamento; em inglês "Smoothbore".
Alma: Face interna do cano de uma arma. Pode ser lisa, quando a superfície em questão é absolutamente polida, como por exemplo no caso das espingardas que calçam cartuchos com múltiplos projéteis de chumbo; ou raiada, quando o interior do cano possui sulcos helicoidais dispostos no eixo longitudinal, destinados a forçar o projétil a um movimento de rotação; em inglês "Bore".
Almofada de Lubrificação: Almofada especial, impregnada de lubrificante, utilizada para lubrificar os estojos, para posterior retifica e calibragem.
Almofada de Recuo: Veja "Soleira".
Almofada: Porção protuberante da coronha, situada junto à área de contato do rosto do atirador, cuja finalidade é permitir um melhor contato do rosto do mesmo com a coronha; em inglês "Recoil Pad".
Almotolia: Recipiente metálico ou plástico onde se armazenam pequenas quantidades de óleo para lubrificação de armas.
Alox: Nome comercial de um lubrificante utilizado para projéteis de chumbo,à base de ditiofosfato de zinco, fabricado pela Alox Corporation, dos EUA.
Alpaca: Veja "Álbata".
Alumínio: Metal branco prateado, utilizado para a confecção de armas, cuja principal característica é seu baixo peso; em inglês: "Aluminum".
Alvejar: O ato de apontar e disparar uma arma contra um alvo.
Alvo: Todo e qualquer objeto animado ou inanimado para o qual se aponta uma arma. Se o alvo imita algo existente na natureza, recebe o nome de Silhueta; em inglês "Target".
Ambidestra(o): Diz-se das armas e dispositivos de que podem ser operados indistintamente por destros e canhotos; em inglês: "Ambidextrous".
Amonal: Explosivo líquido, utilizado em cargas profundas, para demolições.
AMP: (abrev.) Auto Mag Pistol, Pistola Auto Mag.
Ângulo de Elevação: Terminologia militar para definir o ângulo calculado sobre a horizontal ou linha de visada e o centro do cano da arma, em relação à saída do mesmo, o qual determina a trajetória balística.
Ângulo de Partida: Terminologia militar para definir o ângulo calculado sobre a horizontal ou linha de visada, em relação à saída do mesmo, da boca do cano da arma, utilizado para cálculo da trajetória do projétil.
Ângulo de Raiamento: É o ângulo formado pelas raias do cano de uma arma de fogo ou de ar comprimido, que imprime ao projétil o movimento de rotação, proporcionando-lhe estabilidade em sua trajetória.
Ângulo de Saída: Ângulo de partida do projétil, calculado sobre a horizontal ou linha de visada, em relação à saída do mesmo, da boca do cano da arma.
Ângulo de Tiro: Ângulo formado pela linha de tiro e a linha de visada; inclinação que se dá à arma para o alcance efetivo do tiro.
Ângulo de Vibração: Ângulo formado pela linha de projeção com a de tiro; resulta do desvio que o projétil sofre ao sair do cano da arma.
Ângulo de Visada: É o ângulo que se imprime à linha de visada de uma arma de fogo, para se corrigir a o ângulo da trajetória do projétil.
Anilho: Peça onde se prende o grampo desmontável da bandoleira, normalmente sendo embutida e fixada à coronha; em inglês "Swivel".
Anodizar: Processo de proteção aplicado em peças constituídas por ligas leves de metais, normalmente alumínio. Sua é feita através de banho eletrolítico e as cores obtidas são ilimitadas.
Antecarga: Diz-se da arma cujo processo de alimentação ou municiamento é feito introduzindo-se a pólvora, buchas ou tacos e o projétil pela boca do cano da mesma, sendo os mesmos comprimidos com uma haste ou vareta até a outra extremidade. Em inglês "Muzzle-Loader".
Antimônio: , Elemento químico, metaloide, de côr prateada e quebradiço, utilizado no preparo de ligas metálicas à base de chumbo para fabricação de projéteis, com a função de aumentar a dureza da mesma, utilizado normalmente na proporção de 5 a 10 % da composição da liga; em inglês "Antimony".
AP (abrev.) Armour Piercing: Perfurante de Blindagem, referindo-se a projéteis.
Apache: Nome dado à antigas armas de mão, utilizadas pela ralé parisiense, que possuíam sua empunhadura ou cabo em forma de um "soco inglês", alem de possuírem uma pequena lâmina de faca sobre o cano.
Apenas Ação Dupla: Refere-se às das pistolas semi-automáticas e automáticas que trabalham sobre este princípio; em inglês "Double Action Only".
API: (abrev.) Armour Piercing Incendiary: Perfurante Incendiário, referindo-se a munição que utiliza este tipo de projétil.
Ápice da Trajetória: Altura máxima atingida na linha da parábola de um projétil com alcance médio, em inglês "Apex".
Apoio de Mão: Dispositivo utilizado para melhor apoiar as armas longas de competição; Também chamado de
"Champignon ou Palm Rest",
Apontar: Ato de colocar uma arma em pontaria contra determinado alvo; em inglês "To Aim".
AR: (abrev.) "Auto Rim" ou "Auto Rimmed".
AR: (abrev.) Automatic Rifle.
Arcabuz: A forma mais antiga de Armas de Fogo portátil, com sistema de ignição promovida por um cordel ou estopim; em inglês: "Arquebus".
Arco: Arma utilizada para atirar setas ou flechas; em inglês "Arrow".
Área de Rolamento: Área de contato do projétil com o raiamento do cano da arma. Nos projéteis fundidos a área é determinada pela medição da largura de cada área de contato (driving band) e multiplicando a soma destas por pi r multiplicado pelo raio ao quadrado.
Área de Tiro: Terminologia militar para a área situada no estande de tiro restrita apenas aos Atiradores.
Argentão: Liga metálica composta de cobre, níquel e estanho, utilizada antigamente na fabricação de projéteis jaquetados.
Arma Automática: Terminologia militar para definir toda arma capaz de dar rajadas, ou seja, que funciona com um único acionamento de gatilho, descarregando rapidamente a munição do carregador, magazine, cinta ou clipe; em inglês "Automatic Weapon".
Arma Branca: Qualquer instrumento provido de lâmina, que possa produzir ferimento cortante ou perfurante no combate corpo a corpo.
Arma Combinada: Normalmente uma arma do tipo "abrir por cima", com finalidade diversa quanto à sua munição, pois um ou mais canos possui alma lisa e o outro alma raiada, para cartuchos e bala, respectivamente; em inglês "Combo Gun".
Arma Curta: Denominação dada às armas de pequeno porte, que podem ser utilizadas apenas com o uso de uma mão do Atirador; em inglês " Handgun".
Arma de Ar Comprimido: Arma que usa para propelir seus projéteis o ar comprimido ou outros gases, tais como o CO2.
Arma de Canos Remontados: Veja "Arma de Canos Sobrepostos".
Arma de Canos Sobrepostos: Arma Longa, geralmente de cartuchos, com dois canos sobrepostos; em inglês "OVER/UNDER GUN".
Arma de Cão: Arma onde o cão ou percussor é exposto ou protuberante.
Arma de Carregar pela Boca: (gíria) Veja "Arma de Socar pela Boca".
Arma de Curar Ataques: (gíria) Carabina ou arma longa.
Arma de Dotação: Terminologia militar para definir a arma padrão, de uso regulamentar das Forças Armadas.
Arma de Fogo: Instrumento que serve para ataque ou defesa, que utiliza a força de um propelente (pólvora) para disparar seus projéteis; em inglês: "Firearm".
Arma de Mão: Qualquer tipo de arma de fogo que possa ser utilizada com uma só mão; em inglês "Handgun".
Arma de Socar pela Boca: (gíria) Nome pelo qual são conhecidas no interior do país, as armas de antecarga, onde a pólvora, bucha e projétil são inseridos pela boca do cano, para a seguir serem empurrados por uma vareta até a câmara da arma.
Arma Engatilhada e Travada: Posição na qual a arma está com munição na câmara e devidamente travada, sendo necessário, para o disparo, apenas a liberação do sistema de travamento; em inglês "Cocked and Locked".
Arma Longa: Denominação dada às armas de médio e grande porte, onde o atirador tem que utilizar ambas as mãos para efetuar a pontaria e o disparo.
Arma Mocha: Arma que não possui cão ou sistema de disparo aparente; em inglês "Hammerless Gun".
Arma para Controle de Motins: Espingarda, arma de cartuchos, destinada a conter distúrbios populares; em inglês "Riot Gun".
Arma Pneumática: Arma que utiliza o ar comprimido ou gases diversos, tais como o CO2 (gás carbônico) para propelir seus projéteis. Tais gases são armazenados em reservatórios especiais, os quais liberam o gás quando do acionamento do gatilho; em inglês "Pneumatic Gun ou Air Gun".
Armação: Também chamada de chassis, é a parte da arma onde estão localizados os mecanismos que a fazer funcionar; em inglês "Frame".
Armadilha: O mesmo que armador (peça do sistema de disparo de uma arma). Além disso, laço, engenho ou artifício para se apanhar e caçar animais.
Armador: Armadilha, haste; alavanca ou placa que transmite o movimento da ação do gatilho para o cão, liberandoo ou travando-o.
Armadura: Couraça normalmente feita de ferro ou outro metal (bronze ou cobre), utilizada outrora para proteger os guerreiros das flechas e lanças contra eles utilizadas nas batalhas; em inglês "Armor".
Armamento Automático: Terminologia militar para definir todo armamento que funciona com um único acionamento de gatilho, disparando rapidamente a munição do carregador, cinta ou clipe, só interrompendo a operação com a liberação do gatilho.
Armamento: Conjunto de armas ou depósito; equipamento bélico; em inglês "Armament".
Armar: Prover de armas; preparar a arma para o tiro, engatilhando-a; em inglês "Armed".
Armaria: Arsenal, depósito ou oficina de armas; em inglês "Armour".
Armeiro: Técnico especializado no conserto, , reformas e adaptações de armas de fogo; em inglês "Gunsmith".
Armígero: Pagem, escudeiro; aquele que levava as armas do cavaleiro para o combate; em inglês "Armiger".
Aro: Gola dos estojos, cinta estreita que circunda a parte posterior de uma cápsula ou estojo, situada adiante do canal do extrator; em inglês "Rim".
Arpão: Lança farpada com uma corda longa no cabo, utilizada na pesca de baleias e peixes grandes; em inglês "Harpoon".
Arqueiro: Soldado armado com arco; aquele que pratica o esporte da arqueria; en inglês "Archer".
Arqueria: Esporte onde se utiliza o arco e flecha; equipamento do arqueiro.
Arrasto: Terminologia utilizada para definir a força causada pela resistência do ar, também chamada de arrasto aerodinâmico, que reduz a velocidade do projetil; em inglês "Drag".
Arrebite: (gíria) Projétil de Arma de Fogo, na linguagem da marginalidade. O mesmo que "Rebite".
Arsenal: Armazéns e dependências para fabrico ou guarda de armas, munições e petrechos de guerra.
Arsênico: Metalóide tóxico, normalmente utilizado para o endurecimento do chumbo de Caça.
Arsenioso: Que contém arsênico em sua com
posição, referindo-se ao chumbo.
AS: (abrev.) Automatic Safe.
Ás: Perito, craque, expert no assunto; em inglês "Ace".
Assentador: Dispositivo colocado no 3º "die" cuja função é assentar o projétil no estojo, quando da recarga; em inglês "Seater".
Assestar: Colocar uma arma em posição de tiro.
AT-4 ( abrev.): Lançador de rojão anti-blindagem.
Atacador: Rabicho do coldre, tipo de cordão utilizado para fixação do mesmo junto à perna (terminologia militar).
Atirador a Postos: Ordem dada nas competições de tiro, para que os atiradores estejam prontos para iniciar a prova; em inglês " Stand By"
.
Atirar a Esmo: Ato de se disparar sem efetuar pontaria, referindo-se a disparo feito aleatoriamente; em inglês "Aimless".
Atirar: Ato de dar tiros, ato de efetuar disparo com uma arma.
Auto Rim: Versão cinturada de munição de armas semi-automáticas e automáticas para utilização em revólveres.
Auto Rimmed: Veja "Auto Rim".
Auto: (abrev.) Automatic; referindo-se à munição para uso em armas automáticas ou semi-automáticas.
Auto-Alimentável: Mecanismo, pelo qual, numa única movimentação do gatilho, a arma carregada e engatilhada dispara o tiro, ejeta o estojo deflagrado, insere outro cartucho e rearma o gatilho para novo disparo. Este mecanismo é movido pelos gases gerados pela queima da pólvora. Também chamado pelo nome de semiautomático, não devendo ser confundido com Automático; em inglês: "Self Loading".
Autocarregável: Veja "Auto Alimentável".
Autoloading: Sistema de mecanismo pelo qual, numa única movimentação do gatilho, a arma é carregada e engatilhada, dispara o tiro, ejeta o estojo deflagrado, insere outro cartucho e rearma o gatilho para novo disparo. Este mecanismo, acionado pelos gases resultantes da queima da pólvora, também é conhecido pelo nome de Semiautomatic, não devendo ser confundido com "Automatic".
Automatic Pistol: Terminologia errôneamente utilizada para descrever atualmente as armas semi-automáticas.
Técnicamente, este têrmo deve ser utilizado apenas para definir as armas efetivamente automáticas.
Automática: Tecnicamente o nome comum a todas as armas que carregam e disparam tiros com um único acionamento de gatilho, disparando continuamente enquanto o mesmo estiver acionado ou premido; em inglês: "Automatic".
Avaliação Técnica: Avaliação técnica feita por instrutor ou perito sobre as reais condições técnicas do Atirador, de armas e equipamentos de tiro; em inglês " Technical Evaluation"
Azeitona: (gíria) Termo utilizado pela marginalidade para definir um projétil disparado por arma de fogo.
Azimute: Em artilharia significa direção ou, em outras palavras, uma varredura horizontal, sendo expresso em graus ou MILS (1/6.400 da circunferência); em inglês: "Azimuth".
Bacamarte: Denominação genérica de arma de antecarga, de cano curto e largo, com coronha reforçada.
Back Up ou Backup Gun: Anglicismo; Arma de apoio, normalmente de pequenas dimensões, dissimulada no corpo do usuário; também conhecida por 2ª arma.
Bainha: Invólucro de couro, plástico ou metal que se destina a proteger Armas Brancas e também a transportá-las.
Baioneta: Arma branca em cuja empunhadura existe um sistema (ranhura, rasgo, oco), destinado a acoplá-la à extremidade do cano do fuzil ou carabina militar. Sua finalidade é transformar o fuzil em uma lança para o combate corpo-a-corpo, ainda possível nos dias de hoje. Também conhecida como sabre-baioneta.
Baionetada: Ferir ou golpear com baioneta.
Bala Ideal: Veja "Baletão".
Bala: Termo vulgar utilizado no quotidiano como sinônimo de projétil ou até de cartucho ou munição.
Balaço: Tiro (linguagem popular).
Balança: Instrumento mecânico ou eletrônico com o qual se determina a massa ou o peso dos corpos. Utilizada em recarga para pesar projéteis e cargas de pólvora.
Baleira ou Baleiro: Porta munição pessoal, normalmente para uso junto à cintura.
Balestra: Arma que lança flechas, a qual consiste de um arco montado numa coronha, tendo como mecanismo de propulsão a liberação da corda que vergou o arco.
Baletão Raiado: Balote que possui um tipo de raiamento em sua área de contato com o cano da arma, com a finalidade de proporcionar maior estabilidade na trajetória.
Baletão: Termo já consagrado para cartucho de Caça com projétil único. Eqüivale ao termo em inglês "Slug", sendo ainda conhecido também em português por Balote, Hélice ou Bala Ideal.
Balista: Balestra, besta; arco montado em coronha.
Balística Exterior: Ciência que estuda o movimento do projétil a partir da saída do cano da arma, sob a influência da força de gravidade e das implicações aerodinâmicas do projétil, o mesmo que "Balística Externa".
Balística Externa: Veja "Balística Exterior".
Balística Interior: Ciência que estuda o movimento dos projéteis dentro do cano da arma, em decorrência da ação do propelente utilizado.
Balística Terminal: Ciência que estuda a ação e os efeitos destrutivos do projétil no fim de sua trajetória; em inglês " Terminal Ballistics".
Balística: Ciência que estuda todos os aspectos físicos relativos aos projéteis após seu disparo. Divide-se em:
Balística Interna, que estuda a ignição da espoleta, a queima do propelente e o deslocamento do projétil dentro do cano; Balística Externa, que estuda o deslocamento e trajetória do projétil desde sua saída até seu impacto com o alvo, e Balística Terminal, que estuda os efeitos do projétil sobre o alvo.
Balistite: Tipo de pólvora sem fumaça.
Ball Puller: Dispositivo helicoidal afixado à extremidade de uma vareta, de uso normal em armas de antecarga, utilizado para remover projéteis que por ventura tenham ficado no cano,
Balote Raiado: Balote que possui um tipo de raiamento em sua área de contato com o cano da arma, com a finalidade de proporcionar maior estabilidade na trajetória; em inglês "Rifled Slug".
Balote: O mesmo que "Baletão".
Balote: Têrmo já consagrado para cartucho de caça com projétil único. Equivale ao termos Baletão, Hélice ou Bala.
Ideal, utilizado para caça de grandes animais ou controle de tumultos; em inglês "Slug".
Bancada: Mesa ou estante robusta que serve para montagem, desmontagem, limpeza, conservação e conserto de Armas de Fogo.
Banda Ventilada: Fita metálica existente sobre o cano de Armas Curtas e Longas, normalmente com vazados espaçados, servindo para proporcionar maior peso à arma como também para evitar reverberações nesta parte, além de igualar a altura da culatra à massa de mira.
Bandeja de Espoletas: Dispositivo especial para colocar as espoletas na posição correta para alimentar os tubos do espoletador.
Bandeja de Lubrificação: Aquela em que se colocam os projéteis sobre os quais será vertida graxa lubrificante para, a seguir, serem calibrados e lubrificados individualmente.
Bandeja de Recarga: Dispositivo de recarga e inspeção, onde se inserem os estojos já calibrados, para a seguir terem suas bocas abertas, receberem a pólvora na quantidade adequada e serem fechados na prensa com os projéteis apropriados.
Bandoleira: Tira de couro, lona, ou material similar, fixado à arma junto à coronha e parte anterior do cano ou guarda mão, servindo para o transporte de armas e acessórios, bem como para apoio no tiro; em inglês "Sling".
Banho "a Boneca": Antigo e demorado processo de oxidação, utilizado para criar uma película protetora e de acabamento sobre as armas de fogo.
Banho de Níquel: Processo de banho eletrolítico, onde é aplicada uma fina película de níquel sobre as peças, para proteção das mesmas; em inglês "Nickel Finish".
Banho de Óleo: Camada de óleo passada em armas e equipamentos para evitar oxidação.
Banho Eletrolítico: Processo de eletrodeposição, utilizado para revestir uma superfície metálica com uma película de outro metal, para protegê-la contra a oxidação e o desgaste.
Barba de Gato: (gíria) Terminologia utilizada pelos atiradores para definir os finos fios de liga metálica, como se fossem "bigodes de gato" que aparecem na lateral dos projéteis fundidos, decorrentes do uso de ligas macias, mau fechamento dos moldes ou excesso de profundidade das canaletas de ventilação dos mesmos.
Barra de Transferência: Nos modernos revólveres, um dispositivo de em forma de uma pequena barra, preso ao gatilho, o qual impossibilita o cão de percutir a espoleta do estojo, em caso de percussão direta sobre o cão, só permitindo a percussão se o gatilho for realmente acionado.
Barra-Alavanca de: Nos revólveres modernos, uma barra móvel que previne que o cão percuta, sem que o gatilho esteja deliberadamente puxado.
Barricada: Obstáculo, anteparo de proteção; modalidade de competição de tiro.
Barricade: Modalidade de competição de tiro; anteparo de proteção.
Báscula: Placa de metal, normalmente com trabalhos artísticos entalhados, sobre a qual estão instalados os mecanismos de disparo das armas de cano duplo, sejam paralelas ou sobrepostas.
Base Aberta: Forma de alguns projéteis jaquetados na qual a base não é encamisada; em inglês "Flat Base".
Base Balão: Projétil com base em formato de popa de bote ou canoa; em inglês "Boat Tail Base".
Base Bisotada: Base chanfrada do projétil, que facilita a sua colocação no estojo, durante a recarga; em inglês "Bevel Base".
Base Oca: Rebaixo existente na base de projéteis prensados que visa auxiliar o engrasamento do mesmo no raiamento, em função da pressão exercida pelos gases da combustão sobre o rebaixo quando do disparo, provocando uma dilatação da base do projétil; em inglês "Hollow Base".
Base: Porção inferior ou traseira de um cartucho, onde estão localizadas a canaleta de extração e a espoleta. Na base do culote são normalmente encontradas letras, números e símbolos que identificam calibre, fabricante, validade, etc.; parte inferior de um projétil.
Bater de Lado: (gíria) Expressão utilizada quando os projéteis atingem de lado o alvo, por estarem fora do diâmetro correto, excesso de velocidade ou estarem fora de centro, em relação a seu eixo de rotação.
Bateria: Braço de metal de arma de antecarga "Flintlock", contra o qual a pedra bate, produzindo a faísca que irá iniciar o processo de queima da pólvora; Placa de metal, normalmente com trabalhos artísticos entalhados, sobre a qual estão instalados os mecanismos de disparo das armas de cano duplo, sejam paralelas ou sobrepostas; em inglês "Battery".
BB: (abrev.) Bevel Base, referindo-se à base bisotada ou chanfrada de projéteis.
BBWC: (abrev.) Bevel-Base WadCutter. Projétil Canto Vivo de Base Bisotada ou Chanfrada.
BC: (abrev.) Ballistic Coefficient; Coeficiente Balístico, em relação a projéteis.
Belling: Anglicismo; Alargamento, ato de alargar ou fazer uma "boca de sino" ou flangeamento na boca do estojo de munição, para facilitar a inserção do projétil por ocasião da recarga.
Bench Rest Rifle: Anglicismo; Fuzil de competição geralmente bastante pesado, projetado para ser utilizado numa estativa, eliminando assim o máximo possível do erro humano quando da visada ou do disparo.
Bench Rest: Modalidade de competição com Armas Longas, para se obter bons grupamentos de tiro; estativa, mesa sólida utilizada para apoio de uma Armas de Fogo durante teste de precisão.
Bench Stand: Suporte de bancada para dosadores de pólvora e outros acessórios de recarga.
Berço do Cano: Canal, rebaixo existente na parte anterior da coronha, onde o cano é apoiado e preso.
Berro (gíria) : Termo utilizado pela marginalidade para definir o revólver.
Besta: O mesmo que balestra.
Besteiro: Soldado armado com besta, balestra.
Bevel Base: Base do projétil em forma de chanfro, que facilita a sua colocação no estojo, durante a recarga.
Big Bore Gun: Anglicismo; Entre os atiradores o têrmo define todas as armas longas com calibre superior a .30/06, utilizadas normalmente para a prática de tiro esportivo ou caça de grandes animais.
Bigorna: Peça ou ponto metálico inserido dentro da espoleta ou embutida no alojamento do estojo, contra a qual é comprimida a massa explosiva da espoleta pela percussão da agulha ou cão, produzindo a detonação.
Bindela: Designação da fita metálica existente sobre o cano de Armas Curtas e Longas, normalmente com vazadores espaçados, servindo como efeito cosmético, como também para proporcionar maior peso à mesma, e para evitar reverberações, igualando a altura da culatra à massa de mira; em inglês " Ventilated Rib".
Binóculo de observação: Dispositivo óptico composto de duas objetivas focalizáveis simultaneamente, também conhecido por "Binóculo de Espotagem".
Bipé: Dispositivo com duas hastes, acoplado normalmente à parte anterior da coronha dos fuzis militares e armas de caça, para melhorar o apoio e desempenho destas armas; em inglês "Bipod".
Bismuto: Elemento químico metalóide, de alto brilho, cujo símbolo é Bi, com peso atômico de 208,98, com ponto de fusão a 271 graus Celsius (520 F), expandindo cerca de 3,3% quando em estado líquido, utilizado na fabricação de balins de caça, por ser menos tóxico que o chumbo; em inglês "Bismuth".
BL C: (abrev.) Pólvora Ball C.
BL: (abrev.) Blank, referindo-se a Cartridge ou Stock.
Blindado: Que está revestido ou protegido por blindagem.
Blindagem: Revestimento aplicado a certas peças (veículos, cabines de proteção), que as tornam invulneráveis a tiros de armas convencionais.
Boat Tail: Anglicismo; Forma da base de projétil com base em formato de popa de bote ou canoa.
Boca: Orifício de saída do projétil, situado na parte anterior do cano das Armas de Fogo, local por onde o projetil inicia sua trajetória exterior.
Bocal Lança Granadas: Terminologia militar para o dispositivo acoplado à boca dos fuzis, que permite o lançamento de pequenas granadas, utilizando-se a energia gerada pelo cartucho especialmente utilizado para este fim; em inglês " Rifle Grenade Discharger".
Bocuda: Jargão entre os Atiradores de I.P.S.C. e policiais e que significa "Pistola .45 ACP". ("Boca Larga").
Bodoque: Arma primitiva consistente de um arco, o qual possui uma tira ou cinta de couro, onde é alojada a pedra ou projétil a ser lançado.
Bolha de Ar: Veja "Bolha".
Bolha: Falha ou "choco" apresentada na fundição de projéteis, no formato de pequenos furos na base dos mesmos, decorrentes de substâncias estranhas na liga metálica utilizada para a fundição.
Bolso: Alojamento, rebaixo, local onde se insere a espoleta nos estojos ou cápsula.
Bomba: Projétil ou artefato explosivo.
Bowling Pin: Anglicismo; Alvo em formato de "garrafa" de boliche, utilizado na modalidade de tiro IPSC.
Braçadeira: Peça de metal que segura o cano e a coronha de uma arma.
Brinell, Escala de Dureza: Sistema numérico de cálculo desenvolvido por Johann Brinell para comparar a dureza relativa dos metais, através da medição da mossa deixada por uma esfera de aço endurecido, comprimida contra a superfície do metal a ser testado, com uma pressão previamente conhecida. A dureza Brinell é conhecida pela abreviatura BHN, e, quanto maior for o número obtido, maior será a dureza do metal; em inglês "Brinell Test".
Brisante: De alta explosividade
Bronze: Liga metálica, de cor amarela, composta de cobre e estanho, utilizada antigamente na confecção de peças para armas.
Browning, J.M: John Moses Browning, nascido em 21 de janeiro de 1855 e falecido em 26 de Novembro de 1926 é reconhecido mundialmente como um inventor de armas portáteis e armamento automático. Como designer das marcas Winchester e Colt , bem como de sua própria empresa, inventou e melhorou armas de todos os tipos.
Browning recebeu sua primeira patente com um rifle de retrocarga de um só tiro. Seu rifle BAR (Browning Automatic Rifle), a pistola modelo 1911 A1 e metralhadoras tornaram-se armas de dotação das forças armadas dos Estados Unidos e de inúmeros países do mundo, incluindo-se entre estes o Brasil.
Brunimento: Forma de polimento do interior do cano de uma arma com substâncias abrasivas.
BT: (abrev.) Boat Tail, em referência à forma de projéteis.
Bucha do Tambor: Peça em formato tubular ajustada no centro do tambor, na qual se insere o mecanismo do eixo principal.
Bucha Plástica: Anteparo de plástico, em formato de uma peteca, colocado entre a carga de pólvora e a carga de chumbo, para uso em recarga de cartuchos.
Bucha: Papel comprimido ou outro material sobre a carga do cartucho, variando de tamanho e forma; refere-se originalmente à planta chamada de bucha, utilizada para o banho, com a qual os antigos faziam suas buchas para cartuchos e cargas de armas de antecarga.
Bullpup: Anglicismo; Forma ou configuração de fuzil de assalto ou de metralhadora moderna onde o mecanismo da culatra está embutido dentro da coronha, dispensando-se desta forma a coronha rebatível, além de melhorar o ângulo de visada do Atirador.
Cabo: Empunhadura; Peça de plástico, borracha ou madeira que é utilizada para dar empunhadura às armas de mão; em inglês " Stocks ou grips".
Cabrito: (gíria) Arma "fria", sem registro policial ou procedência legal, normalmente produto de alteração, furto ou contrabando ou fabricação clandestina.
Caçador: Aquele que pratica a Caça ou arte cinegética.
Caçar: Ato de capturar ou abater animais.
Cadência de Tiro: Velocidade de disparo de uma arma. Em geral, esta variável é utilizada para armas automáticas, definindo o número de projéteis disparados por minuto.
Cadência Teórica: A velocidade em que uma arma pode disparar seus tiros, no espaço de um minuto, com alimentação ideal.
Caisson: Caixa ou carreta de munição.
Caixa da Culatra: Termo que define o invólucro metálico em uma Arma Longa, no interior do qual se movimenta o ferrolho. Como a caixa da culatra se localiza na parte posterior do corpo da arma, diz-se que "o tiro saiu pela culatra" quando algo tem resultado contrário ao esperado. Cofre ou armação disposto na parte média da arma que recebe seu mecanismo, ligando ao mesmo tempo o cano e a coronha.
Caixa de Pau: Alcunha pela qual é conhecida a Pistola Mauser C-96, quando com seu coldre-coronha de madeira, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do País. As pessoas ainda referem-se a esta arma como "Mausa caixa de pau".
Cake Cutter: Anglicismo; Dispositivo utilizado para remover os projéteis que foram dispostos numa bandeja de lubrificação, após a graxa haver se solidificado.
Cal: (abrev.) Calibre.
Calço: Trava mecânica que impede o percussor de chegar à espoleta até que o tambor esteja perfeitamente alinhado com o cano do revólver e o gatilho seja acionado.
Caldeamento: Nome técnico do processo de união de duas ou mais peças de metal obtido pelo forjamento (manual ou mecânico) das mesmas, quando aquecidas a altas temperaturas. Por este método é obtido o Aço Damasco ou o "mokume", elementos do passado e que hoje possuem razoável em facas. O Aço Damasco chegou a ser relativamente bem empregado em canos de Armas de Fogo, espadas e facas no passado.
Calibre Real: Grandeza do diâmetro do cano, medida diretamente na boca da arma.
Calibre: Dimensão utilizada para definir o diâmetro entre fundos do raiamento do cano de uma arma (calibre real) ou o diâmetro do projétil (calibre do projétil). Algumas vezes o calibre pode ser expresso em milímetros (em geral utilizado pelos países que adotaram logo o Sistema Métrico Decimal) e outras vezes em centésimos‚ de polegadas. Exemplo: 7,62mm, que corresponde exatamente ao .30".
Calibrificador: Dispositivo mecânico, manual ou automático, que calibra e lubrifica os projéteis de chumbo‚ numa só operação. Veja "Lubrificador de Projéteis".
Câmara Estriada: Sistema de câmara flutuante, com raiamentos rasos e finos feitos longitudinalmente, geralmente utilizado nas armas automáticas ou semi-automáticas militares.
Câmara: Porção traseira do cano de qualquer arma, projetada com maior diâmetro para receber o cartucho carregado e mantê-lo devidamente no lugar durante o disparo.
Camisa: Termo utilizado para definir que o projétil tem seu núcleo encapsulado por uma capa metálica (em inglês, "Jacket"). No caso de armas, diz respeito à proteção colocada sobre os canos das mesmas visando o arrefecimento. Encamisamento significa ainda o embuchamento da câmara das armas quando estas estão anormalmente alargadas ou desgastadas.
Camuflagem: Arte de ocultar o Atirador, seu material e instalações, com o emprego de tintas e materiais que são agregados a estes, tornando-os imperceptíveis ao inimigo.
Canal do Extrator: Rebaixo na superfície posterior da cápsula ou estojo e que tem como finalidade servir de local para que o extrator da arma se fixe e extraia a cápsula deflagrada.
Caneca de Chumbo: Antigo dispositivo dosador da carga individual de chumbo, o qual muitas vezes possuía regulagem para maior ou menor carga de chumbo.
Canelura: Canaleta lisa ou serrilhada formada ao redor do projétil, utilizada para se depositar a graxa lubrificante ou se fazer o "crimp" ou engastalhamento sobre ela.
Caneta: Denominação popular que se dá à haste extratora, localizada junto do tambor, utilizada para a extração de cartuchos deflagrados de um revólver.
Canhão: Terminologia empregada para as armas cujo calibre é maior que 0.8 polegadas ou 20 mm. Armas de grande calibre são enquadradas como armas de Artilharia; em inglês "Cannon".
Canibalizar: Ato de utilizar peças ou componentes de determinado armamento para a ou reparo de outras armas, prática muito comum no meio militar.
Cano Cilíndrico: Cano utilizado em uma arma de cartuchos de alma lisa sem constrição ou estreitamento de boca ("Choke"), além de possuir a alma lisa, sem raiamento.
Cano Flutuante: Tipo de cano de arma de fogo que é preso e fixado apenas pela caixa de culatra, não sofrendo nenhum contato com a coronha da arma.
Cano Octogonal: Cano de configuração oitavada, utilizada em armas do século passado e que conferia maior peso e rigidez ao conjunto. Característica notória de grande parte das carabinas Winchester.
Cano Rampado: Cano com o início da câmara rampado para facilitar a alimentação dos cartuchos.
Cano Reforçado: Termo impreciso que descreve qualquer Arma Curta ou Longa, com cano exageradamente grosso e pesado para seu funcionamento, mormente utilizado para provas de tiro à longa distância.
Cano Trochado: Cano de espingarda, garrucha ou fuzil, feito de aço Damasco, processo este hoje em desuso.
Cano: (gíria) Termo utilizado pela marginalidade para definir uma arma de fogo.
Cano: Tubo inteiriço de aço, situado na parte anterior das Armas de Fogo, destinado a receber o cartucho, resistir às pressões geradas pela deflagração da carga, através do qual o projétil ou carga de chumbo são guiados, desde o momento que são disparados junto à culatra, até o momento de saírem do interior da arma, em direção ao alvo.
Canos Paralelos: Termo de referência a uma Arma Longa, geralmente uma espingarda, que possui dois canos paralelos.
Cantar o Tiro: Ato do Atirador dizer onde acertou o tiro no alvo, antes de ter verificado o mesmo com aparelho óptico de observação.
Canto Vivo, Projétil: Projétil utilizado para o tiro, em função de seu perfil, que "corta" o alvo, mostrando com nitidez o local do impacto do projétil.
Cão de Competição: Cão finamente ajustado, através de processo de abrasão, possuindo sua parte superior bem maior, para melhor contato com o polegar do Atirador.
Cão: Peça da arma destinada a acionar o percutor, que irá percutir direta ou indiretamente a espoleta do cartucho.
Capacidade do Estojo: Medida volumétrica do interior de um estojo ou cartucho de munição.
Cápsula de Espoletamento: Terminologia técnica-científica para definir espoleta.
Cápsula de Percussão: Pequena espoleta feita de cobre ou latão, contendo pequena quantidade de detonador como fulminato de mercúrio. Utilizada em armas de antecarga.
Car: (abrev.) Carbine.
CAR-15 (abrev.) Versão compacta do fuzil M-16.
Carabina: Geralmente uma versão mais curta de um rifle de dimensões compactas, cujo cano é superior a 10 polegadas e inferior a 24 polegadas. No jargão militar era inicialmente uma arma de dotação da Cavalaria e Artilharia, bem como de Intendência.
Carabineer: Carabineiro; soldado armado de carabina.
Carabinote: Carabina de dimensões reduzidas; o termo é utilizado para designar as armas de ação de alavanca com pequena capacidade de tiros e dimensão de cano reduzida; também usado para definir as carabinas Winchester tipo "Lever Action" pequenas.
Carbeto de Tungstênio: Liga metálica de altíssima dureza, utilizada para a confecção de "dies" e ferramentas de precisão.
Carbide: Anglicismo; carbeto, liga metálica de altíssima dureza, empregada para a confecção de ferramentas de calibragem de estojos (dies).
Carbine: Geralmente uma versão mais curta de um fuzil de dimensões compactas, cujo cano é superior a 10 polegadas e inferior a 24 polegadas. No jargão militar era inicialmente uma arma de dotação da Cavalaria e Artilharia, bem como de Intendência.
Carcaça: Veja "Chassi".
Carga Comprimida: Carga de pólvora onde o projétil literalmente a comprime.
Carga de Fábrica: Termo utilizado para definir para definir a carga de munição de fábrica, ou a que a ela se assemelhe, procurando reproduzir suas características.
Carga de Festim: Carga para salva, sem projétil.
Carga de Projeção: Termo utilizado para definir a carga utilizada para propelir os projéteis.
Carga Duplex: Método de recarga de cartuchos com a utilização de mais de um tipo de pólvora, de diferentes velocidades de queima, para se obter uma performance máxima.
Carga Máxima: Qualquer munição carregada com a carga limite de fábrica.
Carga: Quantidade de pólvora do cartucho; Terminologia utilizada para definir a arma que o Estado coloca à disposição de seus servidores.
Carregador de Munição: Terminologia militar para definir o encarregado do transporte e distribuição de munição à tropa.
Carregador Tubular: Sistema de carregador, em forma de tubo, situado sob o cano ou na soleira de uma Arma Longa, no qual a munição é colocada.
Carregador: Peça que é acoplada a uma arma e onde ficam alojados os cartuchos que serão levados à câmara.
Carregar uma arma: Ato de municiar uma arma.
Carro: Ferrolho, referindo-se à parte móvel de Armas Curtas semi-automáticas. Também é o corpo implusor do ferrolho; em inglês "Slide".
Carro: Nas armas semi-automáticas de pequeno porte, é o mecanismo que se movimenta sobre o chassis ou corpo, guardando em seu interior o cano, sistema de ejeção e o percussor.
Cartucho de Plástico: Tipo de estojo feito de plástico, utilizado em armas de Caça, introduzido pela primeira vez (em quantidades comercias no mercado) em 1962, pela Remington Arms Corporation.
Cartucho Lança Granada: Munição especial, com carga reforçada e sem projétil, para lançar granada.
Cartucho Magnum: Marca registrada de cartuchos carregados com carga superior à normal, com maiores níveis de pressão, velocidade e energia.
Cartucho: Termo correto para designar o conjunto estojo/pólvora/projétil /espoleta. Pode ser utilizado para identificar munição com projéteis‚ únicos ou múltiplos (cartucho de Caça). Pode ser de manejo, de propulsão para granadas, de carga reduzida (guarda) e de plena potência, este último utilizado para combate ou esporte.
Carvoeiro: (gíria) Apelido dado ao praticante da modalidade de tiro com armas de Pólvora Negra, tal é a sua aparência após algumas séries de disparos.
Casca: (gíria) Estojo ou cápsula vazia, sem nenhum componente.
Case Forming: Anglicismo; O ato de transformar ou remodelar um estojo de determinado calibre, partindo-se de um outro estojo, em outro calibre. Estas alterações envolvem diversas operações, tais como "Annealing", "Fire forming" e "Case trimming".
Cast Off: Anglicismo; designação dada quando a coronha está fora, em relação ao eixo da linha de tiro, à direita do Atirador.
Cast On: Anglicismo; designação dada à distância existente quando a coronha está fora de alinhamento em relação ao eixo da linha de tiro dos Atiradores canhotos.
Catador de Estojos: Dispositivo para recuperar cartuchos deflagrados, geralmente acoplado ou preso à arma.
Cauda: Parte posterior do corpo da arma, no qual a coronha ou cabos estão fixados.
CB Cap: (abrev.) Antigo tipo de munição calibre .22, onde o propelente é apenas o material utilizado na percussão, com baixíssima potência. Apresenta comprimento inferior ao calibre .22 convencional, sendo o projétil leve e de forma cônica.
CCI: (abrev.) CCI- Omark (fabricante norte-americano de munições).
Centerfire: Anglicismo; Estojo cuja espoleta está localizada no centro da base.
Centímetro: Unidade de medida do Sistema métrico decimal, correspondente à centésima parte de um metro, equivalente a .3937 de polegada.
Centro de Impacto: O centro exato do impacto de um grupo de tiros após o cálculo matemático dos desvios das linhas de referência horizontais e verticais.
Cera de Abelha: Produto natural, utilizado na fabricação de graxa lubrificante de projéteis ou para proteção de coronhas de madeira.
Cera de Carnaúba: Cera extraída dos frutos do coqueiro carnaúba, utilizada na composição de graxas lubrificantes e ceras para polimento e enceramento de coronhas.
Cera Perdida, Processo de: Preciso e acurado método de fundição, onde se utiliza um modelo da peça a ser fundida, confeccionado em cera.
Ceva: Local onde se colocam alimentos ou sal para que os animais silvestres se alimentem e eventualmente sejam caçados.
Chama ou Isca: Cópia do animal a ser caçado, a qual fica no local da Caça como chamariz. Originariamente, os chamarizes eram feitos de madeira, finamente entalhados e pintados.
Atualmente são feitos em plástico ou borracha, devido ao alto custo da madeira.
Chassi: Carcaça ou armação; estrutura, parte principal de uma arma de mão, local onde estão as peças do mecanismo ou ação. O termo equivalente em inglês é "Frame".
Chave Allen: Ferramenta utilizada para apertar ou soltar parafusos Allen, os quais possuem um rebaixo hexagonal em sua cabeça.
Chave de Catraca: Chave de Parafusos que possui uma catraca, permitindo assim apertar ou desapertar através da simples movimentação de uma tecla, de modo a inverter o sentido.
Chave de Desmontagem da Manga Guia do Cano: Ferramenta utilizada para se efetuar a desmontagem do suporte do cano junto ao ferrolho.
Chave de Niple: Pequena ferramenta em formato de "T", utilizada para remover e reassentar os niples de percussão das armas de antecarga.
Chave Inglesa: Ferramenta robusta e regulável que permite sua utilização em parafusos de cabeça hexagonal de diversas bitolas, seja para apertá-los, ou soltá-los.
Chaveta de Cano: Lâmina de ferro ou latão, de forma chata, que mantém o cano e a coronha juntos, situada na parte anterior desta, encontrada em muitos fuzis e espingardas de antecarga.
Chaveta de Cano: Lâmina de ferro ou latão, de forma chata, que mantém o cano e a coronha juntos, situada na parte anterior desta, encontrada em muitos fuzis e espingardas de antecarga.
Cheap Gun: (gíria) Denominação que se dá nos EUA às armas utilizadas por marginais, por serem baratas e de má fabricação.
Checador de Pólvora: Dispositivo instalado junto ao die assentador, para verificar a colocação de pólvora no estojo, durante a recarga.
Checkering: Anglicismo; Forma antiga, ainda hoje muito difundida, de decoração funcional, recartilhando ou zigrinando, aplicada na madeira das empunhaduras de pistolas ou em coronhas e telhas de espingardas, a fim de melhorar a empunhadura e empresta ao produto um aspecto mais elaborado.
Cheio: Denominação dada ao espaço localizado entre duas raias consecutivas.
Choke Ajustável: Dispositivo regulável fixado na extremidade do cano de uma espingarda, que tem como finalidade aumentar ou diminuir o grupamento dos bagos de chumbo, através de movimento de rotação ou então substituindo-se os tubos do dispositivo.
Choke: Anglicismo, sistema redutor ou de constrição, acoplado ao extremo do cano das armas de cartucho, que tem como finalidade controlar a dispersão dos bagos de chumbo.
Choque: O efeito produzido pela transferência da energia do projétil ao alvo.
Chumbamento: Deposição de chumbo no raiamento do cano de arma, decorrente de falta de lubrificação do projétil, diâmetro errado do mesmo, excesso de velocidade ou uso de liga não condizente com a velocidade.
Chumbinho Diabolô: Projétil para uso em armas de ar comprimido com formato de uma cúpula.
Chumbinho: Projétil de pequena dimensão utilizado em armas de ar comprimido.
Chumbo 2T: (Completar)
Chumbo 3T: (Completar)
Chumbo Cobreado: Chumbo de caça com banho eletrolítico de cobre, o que o torna mais duro e resistente à deformação.
Chumbo Cobreado: Chumbo de Caça com um banho eletrolítico de cobre, o que o torna mais duro e resistente à deformação.
Chumbo Endurecido: Chumbo de Caça em grãos, feito com uma liga de chumbo e antimônio, utilizando-se também eventualmente arsênico, tornando-o mais duro.
Chumbo SG: (Completar)
Chumbo T: (Completar).
Chumbo: (gíria) Termo utilizado pela marginalidade para o disparo ou ferimento causado por arma de fogo.
Chumbo: Metal de cor prateada, símbolo químico Pb, peso atômico 207,19, que funde a 327 graus Celsius. Antigamente o termo referia-se a qualquer projétil, não importando o tamanho ou quantidade atirada simultaneamente. Com o advento do raiamento, o termo projétil substituiu o termo "Chumbo" como referência a projéteis únicos, ficando o termo "Chumbo" para utilizado para os balins de espingardas de caça.
Cinegética: A arte de caçar com cães.
Cinta de Balas: Cinto de munição para metralhadora.
Cinta de Metralhadora: Conjunto de clipes que mantém junta a munição a ser utilizada em metralhadoras.
Cinta: Fita estreita que circunda a parte posterior de uma cápsula ou estojo, situada adiante do canal do extrator; fita carregadora de munição de metralhadora.
Cinto Porta-Munição: Cinto de couro ou outro material flexível com locais apropriados para o transporte e guarda de munição.
Cinto: Cinta estreita que circunda a parte posterior de uma cápsula ou estojo, situada adiante do canal do extrator.
Cinturado: Diz-se do estojo de munição que possui em sua base uma cinta estreita, adiante do canal do extrator.
CL or PL - Remington Core-Lokt or Power-Lokt Clavina: Nome genérico de Armas Longas e canos raiados, principalmente na região Norte/ Nordeste do Brasil.
Clicar: (gíria) Ato de ajustar a alça de mira regulável, por meio de dispositivo composto de um parafuso, uma mola e esfera de aço, fixados à alça de mira.
Click: Dispositivo de ajuste de miras reguláveis, geralmente por intermédio de um parafuso, uma mola e esfera de aço; ruído característico do ajuste de miras reguláveis; Unidade informal de medida de distância (terminologia militar, EUA); ruído característico do ajuste de miras reguláveis.
Clinômetro: Aparelho destinado a calcular a elevação de armas pesadas, como metralhadoras e peças de Artilharia.
Clip: Carregador ou "pente" de munição, cuja finalidade é manter segura a munição para sua introdução na arma. É normalmente utilizado em Armas Longas; não deve ser confundido com "magazine", pois o clip é descartável após a sua inserção na arma.
Clipe de Lua: Dispositivo em formato circular, para fixar munição .45 ACP, visando a utilização em revólver calibre .45 Auto Rim.
Clipe: Veja "Clip"
CO2 (abrev.): Gás Carbônico, utilizado como elemento propelente em armas de pressão.
Cobre: Elemento químico metal, de cor avermelhada, com símbolo Cu, número atômico 29 e peso atômico 63.546.
Possui ponto de fusão a 1,083 Fº, sendo muito utilizado na composição de ligas metálicas, entre as quais a mais comum é o latão (cobre, níquel, estanho e zinco).
Cobre-Caneta: Denominação para a protuberância existente abaixo do cano de revólveres. Visa proteger a haste extratora de cartuchos deflagrados ("caneta").
Cobre-Lentes: Dispositivo para proteção de lentes de luneta.
Cobre-Mira: Dispositivo normalmente de metal, em formato de dedal, acoplado à maça de massa de mira de
Armas Longas, com a finalidade de proteger a maça contra avarias causadas por quedas e pancadas.
Cobre-Mira: Peça, geralmente metálica, que se acopla à massa de mira de Armas Longas, como fuzis, com a finalidade de protege-la de avarias causadas por quedas, pancadas, etc.
Coeficiente Balístico: Pontuação dada a um projétil, em função de seu formato, comprimento, peso, diâmetro e desenho da ogiva, os quais afetam sua estabilidade, velocidade e alcance em relação à resistência do ar.
Cogumelo: Termo utilizado para definir a forma de expansão de um projétil quando de seu impacto no alvo.
Coice: Denominação popular da pancada ou "tranco" causado no Atirador pelo recuo provocado pela pressão interna da munição, quando do momento do disparo; pode ser calculado multiplicando-se a pressão da câmara pela área da boca do estojo ou base do projétil.
Coifa de Proteção: Dispositivo utilizado normalmente em armas longas de uso militar, o qual é colocado na boca do cano da arma, para proteção do raiamento da mesma.
Coldre Coronha: Nome que designa acessório de Arma Curta com dupla finalidade, ou seja, servir de coldre e coronha. Existem os de madeira, como nas Mausers C-96; madeira e couro, como das pistolas Browning Hi-Power, fabricadas durante a 2ª Guerra Mundial e outros, feitos de material estampado e encapado com couro, como no caso das Bergmanns, etc.
Coldre de Calcanhar: Coldre preso à porção inferior da perna (tornozelo), utilizado para armas de pequeno porte, sendo normalmente empregado para portar uma "back up gun".
Coldre de Calcanhar: Coldre preso à porção inferior da perna, utilizado para armas de pequeno porte, sendo normalmente empregado para portar uma "back up gun".
Coldre de Cintura: Aquele para portar a arma junto à cintura do Atirador.
Coldre de Ombro: Denominação popular para coldre subaxilar.
Coldre de tornozelo: Coldre fixado ao tornozelo da perna do atirador, normalmente utilizado com uma "backup gun"; em inglês "Ankle Holster"
Coldre Panqueca: Tipo de coldre deslizante ou corrediço, colocado no cinto, moldável à arma, para melhor dissimulação junto ao corpo do Atirador.
Coldre: Invólucro, normalmente de uso em armas curtas, fabricado em couro, nylon ou outro material que se destina ao transporte e proteção de uma Arma Curta, junto ao corpo do indivíduo. Nome em inglês: "Holster".
Colete à Prova de Bala: Veste de proteção, normalmente feita de Kevlar ou outras fibras sintéticas, cuja função é proteger seu usuário dos projéteis disparados de Armas de Fogo. Nome em inglês: "Bullet Proof Vest".
Colimador: Aparelho utilizado para regular corretamente a luneta ou aparelho de pontaria que o Atirador esteja usando em sua arma. Aplicado com uma haste expansora, que aumenta ou diminui o tamanho de seu eixo, o Colimador facilita a regulagem da luneta , sem que seja preciso efetuar disparos. Nomenclatura em inglês: "Collimator", "Boresighter".
Colimar: Ato de enquadrar e ajustar o sistema de pontaria de uma arma, observando-se o alvo por dentro do cano e conferindo-o com o sistema de pontaria.
Collet Die: Anglicismo; Ferramenta acoplada à Prensa de Recarga que, atuando como uma pinça, saca e coleta o projétil do estojo, sem deforma-lo.
Colt, Samuel: Inventor norte-americano de Armas de Fogo, nascido em 19 de julho de 1814 em Hartford, no estado de Connecticut, famoso pelo invento e desenvolvimento do revólver, tendo criado em 1836, uma companhia que estabeleceu a produção massificada deste tipo de Arma de Fogo.
Colubrina: Antigo canhão de antecarga.
Combustão: Diz-se normalmente da queima da pólvora ou propelente, mudando o estado físico do mesmo, produzindo grande quantidade de calor e formação de gases, através de processo causado por calor ou choque.
Compensador: Dispositivo montado na boca do cano de uma arma, com aberturas ou furos, por onde saem parte dos gases da queima da pólvora, cuja função é reduzir ou atenuar o "pulo" ou elevação da boca da arma por ocasião do disparo.
Componentes: Partes, itens utilizados nas munições e Recarga tais como pólvora, cartuchos, cápsulas, projéteis, espoletas, etc.
Compressor de Ar: Equipamento que comprime o ar, armazenando-o num cilindro, tendo múltiplas utilidades no tiro, com por exemplo limpar a arma e remover pequenas partículas de chumbo e pólvora.
Comprimento da Coronha: Define o comprimento deste componente em relação ao braço do Atirador.
Condição dois: Diz-se da pistola com o cão batido e com bala na agulha.
Condição três: Diz-se da pistola com o cão batido e sem bala na agulha.
Condição um: Diz-se da pistola com o cão engatilhado, com bala na agulha e trava externa aplicada.
Condição zero: Diz-se da pistola com o cão engatilhado, com bala na agulha e sem a trava externa aplicada.
Cone de Dispersão: Conjunto formado por diversas trajetórias de projéteis disparados em arma automática, decorrentes da trepidação da arma, variação da carga, condições atmosféricas.
Cone de Forçamento: Parte inicial do cano de revólveres, com formato cônico, situada próximo ao tambor, cuja finalidade é que facilitar o engrazamento do projétil no raiamento, quando de sua saída do tambor, em direção ao cano, no momento do disparo.
Cone Truncado: Forma geométrica, configuração normalmente utilizada em projéteis.
Cone Truncado: Forma geométrica; configuração normalmente utilizada em projéteis.
Cone: Figura geométrica em forma de cone.
Contador: Dispositivo utilizado em máquinas de lubrificação e prensas de recarga de grande produção, para a contagem dos projéteis e munição produzida.
Coquilha: O mesmo que molde de fundição.
Cordel: Estopim, mecha em forma de cordão ou fio, normalmente utilizado nas armas de antecarga que operam pelo sistema de mecha.
Cordite: Pólvora sem fumaça fabricada pelos ingleses, extrudada em longos fios cilíndricos, hoje obsoleta.
Corn Cob Media: Anglicismo; Sabugo de milho finamente triturado, utilizado como "media" utilizado para se fazer o tamborilamento dos estojos de metal, com a finalidade de remover os resíduos de combustão, oxidação e sujeira.
Coroa: Câmara ou rebaixo da extremidade dianteira do cano, cuja finalidade é proteger o raiamento contra eventuais pancadas.
Coronha Curva: Coronha com curvatura, desenvolvida para permitir que o Atirador possa atirar fazendo a visada com o olho esquerdo quando tem problemas com o direito.
Coronha Inglesa: Tipo de coronha mais reta, característica das armas inglesas. Além disso, nota-se a ausência do "Pistol Grip"; o mesmo que "English Stock".
Coronha Laminada: Coronha fabricada com madeira laminada, e resina à base de epóxi.
Coronha Rebatível: Coronha dobrável ou escamoteável, normalmente empregada em armas militares para facilitar o transporte e manejo.
Coronha tipo Mannlicher : Sistema de coronha cuja telha vai até o extremo do cano.
Coronha tipo Monte Carlo: Modelo de coronha com a crista mais elevada que o normal, para permitir uma melhor linha de visada, ao mesmo tempo que a mantém ao nível do ombro.
Coronha Torta: Coronha curva, feita para Atiradores que tenham problemas com a visão com o olho direito, a fim de que possam fazer a visada com o olho esquerdo.
Coronha: Peça de Arma Longa feita de madeira, ferro ou material sintético, que aloja a caixa de culatra, mecanismos de disparo e cano, servindo seu extremo posterior ao apoio ao Atirador; em inglês " Stock".
Coronhada: Ato de agredir ou ferir com golpes da coronha de uma arma.
Corpo: Parte de um estojo cilíndrico que fica entre a base e a boca. Nos estojos tipo "garrafa", é a parte do estojo situada entre a base e o ombro.
Correção Lateral: Ajuste lateral do sistema de miras para corrigir eventuais desvios de visada decorrentes de ventos ou alinhamento da mira em relação ao eixo do cano. Regulagem em azimute.
Corrediça da Canaleta Guia do Ferrolho: Canaleta situada na culatra de arma por ação de ferrolho, que tem a função de manter o alinhamento durante o percurso deste último.
Cortar o Alvo: (gíria) Termo pelo qual é conhecido o efeito do impacto dos projéteis semi canto-vivo e cantovivo, sobre os alvos de papel, ocasião em que os projéteis literalmente "cortam" os mesmos fazendo orifícios redondos.
Cortar o Cão: Ato de eliminar parte do cão e outras protuberâncias não essenciais de um revólver, com a finalidade de facilitar o saque rápido.
Costureira: (gíria) Termo pelo qual é conhecida a metralhadora de mão entre a marginalidade.
Couce: Porção posterior e mais reforçada da coronha, oferece através da soleira superfície de apoio da arma no terreno ou ombro do Atirador, sobre a qual, por sua forma geral e extensão de contato, atenua notavelmente as reações do recuo.
Couro: Pele curtida de certos animais através de processo químico, utilizada para confecção de coldres, bandoleiras e outros acessórios.
Course: Ato de caçar com cães.
Crimp Die: Anglicismo; Ferramenta ou dispositivo que virola o estojo já carregado com a pólvora e a espoleta, com a finalidade de engastar o projétil.
Crimp Remover: Anglicismo; Ferramenta escareadora utilizada para remover o "crimp" no alojamento ou "bolso" da espoleta.
Crimp: Anglicismo que significa o ato de engastar o projétil na boca do estojo, fazendo uma espécie de virola no mesmo. Crimpar: Anglicismo; o ato de engastar o projétil na boca do estojo, fazendo uma espécie de virola ou revirando as bordas do mesmo.
Crina: Pêlo mais longo e espesso dos animais, utilizado normalmente na confecção de escovas de limpeza de armas e pincéis.
Crista Serrilhada: A porção de apoio do polegar, normalmente recartilhada ou zigrinada, situada na parte posterior alta do cão de uma arma.
Cromo Duro, Banho de: Processo eletrolítico, onde a substância depositada é um tipo especial de cromo. Quando a superfície é previamente jateada, esta variação é chamada de acetinado ou de cromo fosco, em função da aparência.
Cronógrafo: Aparelho eletrônico, para medir velocidade dos projéteis, os quais são disparados através de dois ou mais sensores eletromagnéticos ou fotoelétricos, assim calculando o tempo dispendido para que os projéteis tenham passado, entre os dois pontos, estabelecendo a seguir a velocidade correta.
Cronômetro: Instrumento de precisão para medir intervalos de tempo.
Culatra: Parte posterior do mecanismo de uma Arma de Fogo, onde se aloja o mecanismo de disparo, localizada junto à coronha.
Culote: Porção traseira de um cartucho, onde estão localizadas a canaleta de extração e a espoleta. Na base do culote são normalmente encontradas letras, números e símbolos que identificam calibre, fabricante, validade, etc.
Cunhete: Caixa metálica ou de madeira para o transporte e guarda de munição, tendo geralmente a capacidade para 1.000/2.000 cartuchos, quase sempre acondicionados em 100 caixetas de papelão, com 20 unidades cada, como no caso de cunhete destinado ao F.O e ao Mosquefal (militar).
Cuproníquel: Liga metálica composta de 60% de cobre e 40% de níquel, utilizada para a fabricação de projéteis jaquetados (encamisados).
Curso do Gatilho: Folga que o gatilho apresenta até acionar o mecanismo de disparo; em inglês "Slack".
Custom: Anglicismo; Termo que significa sob encomenda, sob medida ou então modificado visando determinado tipo de Tiro ou atividade.
Customizar: Anglicismo; Ato de efetuar modificações no mecanismo/ peças móveis de uma arma, instalando melhores miras, alterando e ajustando o mecanismo de disparo, mudando cabos e coronha, etc, visando melhorar a precisão da mesma.
DB: (abrev.) Double Base- Base Dupla, em relação à pólvora.
Decapping Die: "Die" ou ferramenta para sacar espoletas.
Decapping Pin: Pino sacador de espoleta, acoplado a um die.
Defesa: Ato ou efeito de se defender ou se proteger contra uma agressão.
Deflagração: Nome dado à combustão acelerada do propelente (pólvora), com combustão acelerada, com aumento local de temperatura e pressão.
Deflagrar: Ato de efetuar disparo de Arma de Fogo; ato de inflamar com chama intensa, promovendo explosão.
Defletor: Anteparo utilizado em para-balas de "stands" de tiro com a função de absorver os impactos dos projéteis disparados.
Deflexão do projétil: Ato do projétil sofrer desvio em sua trajetória em decorrência do vento ou de haver atingido algo antes do impacto no alvo.
Deformação: Alteração do formato, amolgação do projétil, em decorrência do impacto contra o alvo ou em função da resistência do ar.
Delgado: Parte curva e arredondada que sucede ao fuste e pela qual o Atirador empunha a arma ao firmá-la ao ombro para executar a pontaria.
Densidade da Carga de Pólvora: Definida como a relação (divisão) entre um peso de pólvora e o peso de água que podem ser colocados em determinado estojo.
Dente do Extrator: Num revólver, a peça que se encaixa no anel da base de cada estojo no tambor, para ejeção manual dos mesmos.
Derringer: Pequena pistola de antecarga, idealizada e fabricada por Henry Deringer Jr., um armeiro da Philadelphia, cujo nome, associado a esta arma, adquiriu um segundo "r". Esta pistola tornou-se famosa, por ter sido a arma utilizada por John Wilkes Booth para assassinar o presidente Lincoln.
Desconector: Dispositivo situado no conjunto de gatilho e que evita que mais de um tiro seja disparado com um único acionamento do gatilho.
Desespoletar: Ato de remover a espoleta percutida.
Desmoldante de Molde: Desmoldante; produto químico aplicado aos moldes de fundição para facilitar a desmoldagem e saída dos projéteis fundidos.
Desmontagem de 1º Escalão: Denominação militar que se dá à desmontagem de uma arma feita sem a utilização de ferramentas, feita por seu usuário.
DIA: (abrev.) Diâmetro. Símbolo: ø
Diabolô, chumbo: Projétil para uso em armas de ar comprimido com formato de uma cúpula.
Diâmetro do Cano: A medida do diâmetro entre raias opostas do cano de uma arma.
Die de Assentamento: Anglicismo. Ferramenta utilizada na recarga para assentar o projétil, bem como para fazer o seu "crimp" ou virolamento.
Die Expansor: Veja "Expansor de Boca".
Die: Anglicismo. Ferramentas utilizadas na recarga de munição como matrizes para recalibrar, expandir a boca dos estojos, assentar os projéteis e fazer o fechamento da boca dos estojos.
Digerir: (gíria) Terminologia utilizada para dizer que a arma se alimenta com qualquer tipo de projétil.
Dinamite: Explosivo utilizado em demolições.
Dióptro: Sistema de alça de mira que possui um orifício, através do qual o olho humano centraliza a massa de mira, também chamado de "Peep Sight", utilizada normalmente em armas de competição.
Diper: Anglicismo. Imersor; cadinho para enchimento de moldes de fundição manuais.
Dispositivo de Tecla: Trava ou tecla, geralmente encontrada na empunhadura de submetralhadoras, metralhadoras e pistolas semi-automáticas.
Distância de Tiro: Espaço compreendido entre a origem do tiro e o alvo ou objetivo.
Distância Focal: Numa luneta, é a distância do centro óptico da lente ao plano da película quando a lente esta focada no infinito. Quanto maior essa distância, maior a ampliação.
Distância Olho-Ocular: Distância a que se precisa colocar o olho da luneta para se poder ver inteiramente a área de visada.
Dormir na Mira: Termo utilizado quando se faz a pontaria, mantendo-se a mira no alvo, enquanto não se comprime o gatilho.
Dosador de Chumbo: Medidor da carga de chumbo em grãos, normalmente regulável, acoplado às máquinas de recarga.
Dosador de Pólvora: Dispositivo regulável, utilizado para medir e dosar as cargas de pólvora utilizadas na recarga de munição, normalmente acoplado às prensas de recarga ou montado sobre a bancada.
Dosador Manual: Dispositivo primitivo e rústico, destinado a dar a medida exata de pólvora para uma carga, sendo feito normalmente de chifre, plástico, caneca metálica ou outro recipiente qualquer que meça a carga de pólvora. Dotação: Ato de dotar e definir a capacidade de armas ou equipamentos.
Dram: Unidade de medida ou peso que equivale a 27,34 "grains", utilizada antigamente para a medição das cargas de pólvora negra para as espingardas de cartucho, a oitava parte de uma onça ou 60 gramas ou 1/16 da onça em peso avoirdupois.
Drilling: Arma de três canos combinados, cujo nome é derivado da palavra alemã três ("Drei").
Dum Dum, Projétil : Projétil expansivo, desenvolvido pelos ingleses em 1890, no arsenal de DUM-DUM na Índia, com a modificação de um projétil standard, cortando-se a jaqueta junto à sua ogiva, sendo utilizado para parar as "cargas" dos fanáticos religiosos na Índia e na batalha de Omdurman (1898) no Sudão. Seu uso foi banido em 1899 na Conferência de Haia, o que não impediu a Grã Bretanha de utiliza-los na guerra dos Boers (1899-1902), bem como a Rússia, na Guerra Russo-Japanesa de 1904-05. Este projétil é erroneamente confundido com a munição de ponta ôca fabricada atualmente.
Dupla Ação: Ação Dupla, sistema que permite que as armas de mão possam ser acionadas sem antes ter que se engatilhar o cão; o gatilho exerce duas funções, a saber: engatilha a arma e libera o cão.
Dupla Ação: Sistema que permite que as armas de mão que possuem este sistema possam ser acionadas sem antes ter que se engatilhar o cão. O gatilho exerce duas funções, a saber: engatilha a arma e libera o cão.
Duplo Estágio, Gatilho de: Forma de acionamento de gatilho com dois estágios, sendo o primeiro movimentado com uma certa facilidade, para então ocorrer o endurecimento do sistema de movimentação.
Duplo Gatilho: Sistema de percussão conhecido também por gatilho "cabelo", onde o gatilho anterior normalmente serve para se armar o delicado sistema do segundo gatilho.
Duração do Trajeto: Tempo dispendido pelo projétil para percorrer a porção da trajetória compreendida entre a origem e o ponto de queda teórico.
Dureza Brinell: Veja "Brinell, Escala de Dureza".
Dureza: Característica de um metal que pode ser definida como a resistência que ele oferece à penetração sob pressão (estática) ou com choque (dinâmica) de outro metal mais duro que aquele a ser medido ou que está a servir de ensaio.
Durômetro: Aparelho utilizado para medir a dureza superficial dos metais.
Dustbin: "Chumbinho" ; nome pelo qual é conhecido o projétil com ponta para uso em armas de ar comprimido.